PSG empata o Barcelona na última jogada

Os catalães empataram na capital francesa (2-2), num jogo onde Lionel Messi marcou, mas foi substituído, ao intervalo, por lesão.

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Messi marcou, mas saiu lesionado AFP

No Parque dos Príncipes, frente ao Paris Saint-Germain (PSG) os catalães estiveram por duas vezes na frente do marcador, mas um golo de Matuidi, na última jogada da partida, impediu a vitória dos espanhóis (2-2). O jogo, de elevada qualidade, ficou marcado pela lesão de Lionel Messi, autor do primeiro golo, que abandonou a partida ao intervalo.

A primeira novidade estava no banco de suplentes do Barcelona: depois de uma ausência de dois meses, devido a doença, o treinador Tito Vilanova voltou a comandar a equipa catalã. No regresso do “chefe” e da “normalidade”, palavras do adjunto Jordi Roura, os vice-campeões espanhóis não apresentaram qualquer surpresa no “onze”. Apesar de ter sido a grande figura da equipa na última jornada da Liga espanhola, em Vigo, Cristian Tello sentou-se no banco e cedeu o seu lugar a David Villa.

Diferente foi a postura de Carlo Ancelotti. De forma inesperada, o italiano abdicou do conterrâneo Marco Verrati, jovem médio cobiçado por meia Europa, e colocou ao lado do “pulmão” Blaise Matuidi, no centro do meio-campo, um senhor inglês de 37 anos, chamado David Beckham. Com esta decisão, o PSG ganhou qualidade de passe, mas perdeu capacidade de pressão. E o Barcelona, durante 70 minutos, agradeceu.

Com um “onze” de risco em que se destacava um quarteto de artistas no ataque (Lucas, Pastore, Lavezzi e Ibrahimovic), o PSG foi a equipa mais perigosa na primeira parte. Apesar do tradicional carrossel catalão (70% de posse de bola nos primeiros 45 minutos), os franceses conseguiam livrar-se da teia catalã e partir para rápidos contra-ataques. Foi dessa forma, aos 5’, que Lavezzi rematou ao poste da baliza espanhola.

A primeira ameaça do Barcelona surgiu apenas aos 17’ (remate em arco de Iniesta), mas dois minutos depois Ibrahimovic obrigou Valdés a aplicar-se.

Messi, ora escondido na direita, ora perdido no meio, parecia ausente. Mas o argentino, mesmo em dia “não”, apenas precisa de uma oportunidade para fazer a diferença: aos 38’, Daniel Alves, com uma soberba assistência, colocou a bola no “Bola de Ouro” e Messi, com um remate cruzado, bateu Sirigu. Porém, cinco minutos depois do golo 57 da época do argentino, os sorrisos catalães tornaram-se amarelos: agarrado à coxa, Messi aproximou-se de Tito Vilanova e pediu a substituição. Após o intervalo, o argentino já não regressou, devido a lesão muscular.

Curiosamente, apesar de estar privado da grande estrela, o melhor período do Barcelona surgiu no início da segunda parte. Vilanova apostou em Fàbregas, que jogou como falso “9”, e encostou Villa à direita. A alteração táctica revelou-se positiva para os espanhóis. Perante a apatia de Ancelotti, que demorava em mexer na sua equipa, o Barcelona ganhava os duelos a meio-campo e, entre o minuto 63’ e 69’, Sirigu apanhou três sustos — duas oportunidades desperdiçadas por Alexis, outra por Daniel Alves.

Mesmo privado de Messi, parecia certo que o Barcelona iria sair de Paris com uma vitória, mas a vinte minutos do fim, Ancelotti emendou o erro inicial (Verrati entrou para o lugar de Beckham) e o jogou mudou. Com Verrati e Matuidi, o PSG começou a ganhar mais segundas bolas e o perigo passou a rondar a baliza de Valdés. Aos 77’, na primeira grande ameaça, Ibrahimovic rematou contra o guarda-redes quando estava isolado, mas na jogada seguinte o sueco marcou à sua antiga equipa: remate de cabeça de Thiago Silva ao poste e Ibra, na recarga, beneficiando de posição de fora de jogo, fez o 1-1.

A partida animou, voltou a ganhar velocidade e, no minuto 89, Sirigu derrubou Alexis na área. Xavi, na conversão do penálti, voltou a dar vantagem ao Barcelona. Game Over para o PSG? Ainda não: na última jogada, Matuidi voltou a restabelecer a igualdade e reacendeu, embora muito ligeiramente, as esperanças dos franceses.     

 

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