Portugal empata no último suspiro e precisa de uma calculadora

Um golo de Varela nos derradeiros instantes dos descontos manteve uma réstia de esperança à selecção nacional, que até começou a ganhar em Manaus logo aos 5’. As contas são agora muito complicadas.

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Preparado para o jogo Estados Unidos - Portugal, na Arena Amazónia, em Manaus REUTERS / Dylan Martinez
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Tudo pronto para o jogo de hoje em Manaus AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
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Cristiano Ronaldo aquece antes do jogo contra a selecção norte-americana, em Manaus AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
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Aquecimento do lado americano, aqui o guarda-redes Tim Howard AFP PHOTO / ODD ANDERSEN
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Uma adepta americana em Manaus REUTERS / Dylan Martinez
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Apoiantes de Portugal na Arena Amazónia, em Manaus REUTERS / Dylan Martinez
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Golo de Nani REUTERS / Siphiwe Sibeko
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Nani celebra o golo com Ronaldo REUTERS/Dylan Martinez
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Ronaldo e Alejandro Bedoya disputam a bola REUTERS / Andres Stapff
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Meireles e Beckerman envolvidos numa jogada AFP PHOTO / FRANCISCO LEONG
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Raul Meireles no chão AFP PHOTO / FRANCISCO LEONG
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Juergen Klinsmann, seleccionador americano AFP PHOTO / ODD ANDERSEN
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Cameron e Eder disputam a bola AFP PHOTO / ODD ANDERSEN
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Paragem para água, ao minuto trinta e oito AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
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Jermaine Jones tenta tirar a bola a Raul Meireles REUTERS / Andres Stapff
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Beto defende a baliza portuguesa AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
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Ronaldo luta com a selecção americana REUTERS/Siphiwe Sibeko
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Nani em acção em Manaus AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
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Jermaine Jones contra Ronaldo AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
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Tim Howard numa defesa quase impossível AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
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Clint Dempsey em acção AFP PHOTO / RAPHAEL ALVES
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Ronaldo e Jones tentam chegar à bola AFP PHOTO / RAPHAEL ALVES
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Ronaldo depois de falhar um remate REUTERS / Dylan Martinez
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Beto sofre um golo, marcado por Jones AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
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Varela empata o jogo AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI
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Adepto norte-americano assiste ao jogo no Rio de Janeiro AFP PHOTO / YASUYOSHI CHIBA
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Cristiano Ronaldo AFP PHOTO / RAPHAEL ALVES

E tudo parecia bem encaminhado, quando Nani inaugurou o marcador aos 5’. Portugal teve depois de sofrer, mas chegou ao intervalo por cima da partida, falhando duas flagrantes oportunidades para ampliar a vantagem nos instantes finais do primeiro tempo. Os EUA, que já haviam ameaçado e muito nos 45’ iniciais, foram bem mais acutilantes após o reatamento. Aos 64’, empataram a partida e deram a volta ao resultado aos 80’. Quando tudo já parecia definitivamente perdido, Ronaldo encontrou a cabeça de Varela na área e seria confirmado o empate.

Com quatro jogadores impedidos de alinhar frente aos EUA – Rui Patrício, Fábio Coentrão e Hugo Almeida, por lesão, e Pepe, castigado -, Paulo Bento só mexeu nos lugares que estes elementos deixaram vagos, não indo mais longe em matéria de inovações. Nos extremos verticais da equipa, Beto, na baliza, e Hélder Postiga, no ataque, estrearam-se no Mundial do Brasil. E o avançado durou apenas um quarto-de-hora em campo, saindo lesionado e cedendo o lugar a Éder. Mais uma contrariedade para o seleccionador nacional, que impedia muito do que seria a estratégia atacante idealizada para a partida.

O conjunto orientado por Jurgen Klinsmann, apresentou apenas uma novidade no que respeita à equipa que derrotou o Gana (2-1), no Arena das Dunas, em Natal, e foi igualmente forçada. A lesão do ponta-de-lança Altidore abriu as portas da titularidade ao médio Zusi, mas com esta mudança alterou o figurino táctico para defrontar os portugueses. Prescindiu do 4-4-2 que apostou frente aos africanos, optando pelo mais cauteloso 4-2-3-1, que não é de todo estranho a esta selecção, que tem na defesa férrea e no contra-ataque as suas principais armas contra as equipas mais cotadas que enfrenta, como Portugal confirmou fatalmente na segunda parte do encontro.

Fosse qual fosse a estratégia inicial de Klinsmann não durou muito tempo. Se os americanos demoraram menos de 30 segundos para inaugurar o marcador no jogo com o Gana, os portugueses demoraram um pouco mais, mas fizeram-no logo aos 5’, a confirmar uma entrada determinada na partida. Miguel Veloso cruzou para a área onde Nani, sem oposição, rematou para o golo.

Os EUA tiveram de sair da sua zona de conforto e procurar o empate. E fizeram-no com convicção, a partir dos 10’, subindo as suas linhas, pressionando bastante o meio-campo adversário e procurando, sem cerimónias, surpreender com remates de fora da área. Serviriam para afinar a pontaria para a segunda metade.

A selecção nacional demorou a reagir, mas acabaria por encerrar o primeiro tempo tal como começara a partida, ainda que, desta vez, sem mexer no marcador. Pelo meio, a equipa apresentou muitas dificuldades nas transições atacantes e para contornar a bem colocada defesa americana. A reacção chegaria nos últimos minutos antes do intervalo, com Nani e Éder a fazerem brilhar bem alto o guarda-redes Tim Howard.

A partida reatou com um grande susto e um forte aviso para as cores nacionais, valendo Ricardo Costa para adiar o golo, em cima da linha, num remate de Bradley e sem Beto na baliza. Mas, aos 64’, não houve como parar o forte remate bem colocado de Jermaine Jones, que empatava o encontro. Se Portugal já estava ansioso, mais ficou e entraria em estado de choque aos 80’, quando Dempsey confirmou a reviravolta, numa altura em que os portugueses procuravam desesperadamente recuperar a vantagem.

Nos instantes finais, Ronaldo teve finalmente discernimento para empurrar a equipa e alcançar o menos mau. Correu pela direita e cruzou para a cabeça de Varela (entrado aos 68’ para o lugar de Raul Meireles) que, ao segundo poste, não falhou. Agora é preciso uma máquina de calcular.

Ficha de jogo, estatísticas e comparação entre jogadores

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