Jo Pavey, a nova campeã europeia, conquistou o seu primeiro grande título aos 40 anos, 11 meses depois de ter sido mãe pela segunda vez. A britânica, que tinha sido segunda na corrida vencida por Dulce Félix há dois anos, cortou a meta em 32m22,39s, à frente das francesas Clémence Calvin (32m23,58s) e Laila Traby (32m26,03s), segunda e terceira, respectivamente.

Dulce Félix, a campeã de Helsínquia em 2012, partiu para a corrida com a possibilidade e a esperança de se tornar o quarto representante Portugal (entre os sectores feminino e masculino) a conseguir pelo menos duas medalhas de ouro em Europeus (o que a juntaria a Rosa Mota, Manuela Machado e Francis Obikwelu), mas teve um dia mau, descolou das atletas da frente nas últimas voltas e foi apenas 12.ª, com o tempo de 32m35,90s.

Sara Moreira esteve melhor e terminou na 5.ª posição (32m30,12s), um resultado interessante para quem foi mãe há nove meses. Esteve com as três medalhadas até à última volta, mas não aguentou o seu ritmo e ainda foi ultrapassada nos metros finais pela holandesa Jip Vastenburg (32m27,37s).

A outra atleta lusa, Carla Salomé Rocha, a menos cotada do trio nacional, foi 16.ª (33m05,49s) numa corrida com 26 atletas.

Os 10.000m femininos é uma das provas de maior sucesso para Portugal na história do Campeonato da Europa. As atletas portuguesas já subiram cinco vezes ao pódio nesta distância: Fernanda Ribeiro foi campeã em 1994 e vice-campeã em 1998, Dulce Félix ganhou a medalha de ouro em 2012 e Conceição Ferreira a de prata em 1994, o mesmo metal obtido por Jéssica Augusto em 2010.

Além disso, nos masculinos, já houve também um campeão, António Pinto, em 1998.