A defesa portuguesa no Mundial sub-20 ainda tem arestas por limar
Equipa liderada por Edgar Borges esteve duas vezes em vantagem mas acabou por ceder um empate (2-2) frente à Coreia do Sul.
Edgar Borges fez quatro alterações na equipa inicial, duas delas na defesa. João Cancelo, Tiago Ferreira, Ricardo Alves e Ricardo deram lugar, respectivamente, a Tomás Dabó, Tiago Ilori, Agostinho Cá e Ricardo Esgaio. E, logo aos três minutos, a selecção portuguesa passou para a frente do marcador: João Mário marcou o pontapé de canto e Aladje, no coração da área, cabeceou para o golo. Os lances de bola parada foram a principal arma da equipa nacional para levar perigo à baliza coreana, mas a eficácia não voltou a ser a mesma após o golo.
Na baliza portuguesa, José Sá foi um espectador até aos 34’, quando pela primeira vez foi chamado a intervir. Mas os coreanos, que até aí praticamente não tinham ido com perigo à área portuguesa, ainda chegaram à igualdade no primeiro tempo. Nos derradeiros instantes da primeira parte, Ryu Seungwoo controlou a bola num lançamento longo, tirou Ilori do caminho e fez um excelente remate de fora da área, sem hipóteses para José Sá.
Tal como tinha acontecido contra a Nigéria (em que Portugal esteve a vencer por 2-0 e permitiu o empate 2-2, antes de fazer o 3-2), a selecção nacional tinha de recuperar a vantagem no marcador.
A arma voltaram a ser os pontapés de canto. Primeiro Aladje cabeceou ao lado (50’). Depois, o avançado do Sassuolo viu o seu remate ser bloqueado por um adversário (60’). Porém, no seguimento desse lance, a bola chegou a Bruma, que com um grande tiro de pé esquerdo recolocou a equipa nacional em vantagem. A equipa de Edgar Borges ainda dispôs de oportunidades para ampliar o resultado – Mica acertou em cheio na trave, com um remate de longe (66’) e Bruma atirou a centímetros do poste (73’).
O desperdício custou caro à selecção nacional e, aos 76’, a Coreia do Sul voltou a anular a desvantagem. Sim Sangmin chegou à linha e cruzou para o coração da área, onde Kim Hyun apareceu a encostar, perante a passividade da defesa portuguesa. Já no tempo de compensação, Bruma voltou a ter o golo nos pés, mas o guarda-redes coreano opôs-se bem ao remate do extremo nacional.