“Não me custa reconhecer o favoritismo do Benfica, agora o trajecto que temos vindo a fazer permite-nos sonhar que podemos discutir a eliminatória”, disse Paulo Fonseca, na conferência de antevisão ao jogo de quarta-feira na Mata Real, da primeira mão das meias-finais.

O técnico da formação pacense disse estar consciente das “grandes dificuldades” que o Benfica, “que tem estado muito forte”, representa e insistiu que só um Paços de Ferreira fiel aos seus princípios e organizado poderá conquistar um resultado positivo que lhe dê possibilidades no segundo e decisivo jogo.

Fonseca considerou ainda que o modelo da meia-final a duas “mãos” retira alguma justiça àquilo que é a competição e favorece os clubes com maior poderio, mas disse não acreditar num Benfica mais relaxado na Mata Real.

“O que tenho observado é sempre uma equipa [do Benfica] muito forte ofensivamente e é com isso que contamos amanhã [quarta-feira]. O Jorge Jesus já disse que acalenta o sonho de chegar à final da Taça e, como tal, não acredito que não apresente aqui a melhor equipa”, sublinhou, garantindo que não irá mudar a forma de jogar do Paços de Ferreira.

Em relação ao alegado interesse do Benfica em alguns jogadores do plantel, como André Leão ou Vítor, o técnico pacense garantiu que a situação tem sido “encarada com naturalidade e até com alguma satisfação, mas não passa daí”, até porque “ao clube não chegou nada”.

Paços de Ferreira e Benfica começam a discutir o acesso à final da Taça de Portugal pelas 20h00 de quarta-feira na Mata Real, num jogo arbitrado por Cosme Machado, de Braga.