“O FC Porto já tem muitas taças. Faz-nos mais falta”, diz José Peseiro
Final da Taça da Liga é oportunidade para dar um troféu ao Sporting de Braga.
“Queremos vencer. Ter a posse de bola, fazer golos e não sofrer. Por isso, é evidente que temos de jogar no ataque. Por não conseguirmos uma vez não significa que não vamos conseguir mais vezes”, afirmou Peseiro.
Na antevisão ao desafio de Coimbra, o técnico desvalorizou o passado: “É uma final. Tudo o que está para trás, pouco conta. Apenas [vale] o que fizermos em campo. A ambição é trazer uma taça para a vitrina do Braga. É importante, pois o FC Porto já tem muitas taças. Faz-nos mais falta.”
Aos que defendem o mau prenúncio pela derrota da I Liga, Peseiro recordou que, em Novembro, a sua equipa afastou o FC Porto da Taça de Portugal apenas cinco dias depois de derrotada em Braga para o campeonato. “Que a história se repita”, gracejou, reforçando a determinação de todo o grupo em homenagear a estrutura do clube e a cidade com a conquista do segundo troféu da história, após a Taça de Portugal em 1966-67. Pela frente vai ter um adversário “com identidade, ideias claras de jogo”, um perfil “identificado” e “difícil de contrariar”, porém afiançou a “vontade e ambição” dos seus pupilos em fazê-lo.
José Peseiro garantiu que pensou sempre em adoptar em Coimbra uma estratégia diferente da do Dragão, regressando à identidade da equipa em “98% ou 99%” dos jogos: “Queremos dominar, controlar, ser ofensivos, ter a bola. Se formos mais próximos do que costumamos ser, será mais fácil ganhar.”
O técnico reconheceu que vai enfrentar “uma grande equipa, muito forte”, pelo que entende ser fundamental que os seus pupilos estejam “bem organizados e a grande nível individual e colectivo”.
O presidente do Braga está a cumprir uma suspensão de dois meses, mas o técnico lembrou que António Salvador está “sempre” com a equipa, “com as mensagens que envia ou com as conversas” que tem com o grupo, recordando que o lugar de destaque do Sp. Braga no futebol português nos últimos anos “deve-se muito a ele”.
O técnico informou que o defesa Douglão está fisicamente apto a ser convocado, mas recordou a ausência de rotinas competitivas, à semelhança de Nuno André Coelho. Recusou-se a apontar as várias lesões de futebolistas importantes como desculpa para qualquer inêxito – “não me conformam com a derrota” –, manifestando “confiança total” nos disponíveis.
Desafiado a fazer um balanço da época – é também quarto na I Liga, a três pontos do Paços de Ferreira –, deixou-o para o final, garantindo não estar preocupado com o seu futuro.