“O atraso [do FC Porto] foi doloso e tem que ser punido com derrota”
Bruno Carvalho, presidente do Sporting, afirmou nesta segunda-feira que a “desculpa do atraso" portista no jogo da Taça da Liga frente ao Marítimo "é esfarrapada” e "não bate certo".
Convidado do programa “O Dia Seguinte”, da SIC Notícias, Bruno Carvalho mostrou-se “preocupado” com a decisão que a Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol deverá tomar hoje (terça-feira), mas refere que “se existem regulamentos”, eles “têm que ser cumpridos” e a “decisão só pode ser uma”.
“Este assunto é demasiado simples. Há um regulamento que não foi cumprido e deve haver consequências. Queremos que seja feita justiça. A questão de serem três minutos é ridícula. Ou é para haver regras ou é para andarem todos a matarem-se”, disse Bruno Carvalho.
O dirigente "leonino" escusou-se a dizer a altura em que o Sporting soube que a partida no Estádio do Dragão tinha começado atrasada, afirmando que isso não era importante, porque os sportinguistas “não podem pactuar com estas coisas e fazer igual”. “Se o fizéssemos também estaríamos a cometer dolo”, frisou.
Para o presidente sportinguista, a “desculpa do atraso é esfarrapada” e que "nem as horas batem certo": “O jogador [Fernando], que tinha ciática, teve muito tempo para entrar em campo a horas”. “O Sporting já entrou uma vez em campo com 10 jogadores”, acrescentou Bruno Carvalho, que considera que a punição ao FC Porto não pode ser apenas monetária: “Anda tudo com ‘multinhas’ e ‘multinhas’, mas para isso é melhor acabar com os regulamentos.”
O dirigente, considerou ainda que a polémica em torno do aditamento feito ao relatório do delegado ao jogo, no dia seguinte à partida no Estádio do Dragão, é um fait-divers. “O importante é que se relate a verdade. O aditamento é ilegal? Se alguém pediu para que se escrevesse a verdade, fez muito bem”, vincou o presidente do Sporting.
Bruno Carvalho, que disse ter total confiança em Leonardo Jardim, falou também sobre arbitragem para tecer críticas aos seus responsáveis. O presidente “verde e branco” afirmou que apenas em “situações pontuais” criticou árbitros e lembrou que “nas duas ocasiões” em que o fez, os dirigentes da arbitragem pediram “punições exemplares”, situação contrária ao que aconteceu quando os protagonistas foram Pinto da Costa e António Salvador. "Perante o que eu disse e o que essas duas pessoas disseram, sou de facto anjinho."
O líder dos “leões”, que prometeu para breve revelações sobre o "caso Elias", disse ainda que terão “que levar” com ele “durante muitos anos” e que têm pouco para lhe ensinar: “Até a minha filha de 10 anos já percebe tudo o que se passa no futebol. O ‘sistema” é muito simples e bacoco.”