Naval perde 12 pontos por causa de dívidas

Jogadores do clube da Figueira da Foz não se treinaram.

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Os jogadores da Naval não se treinaram nesta segunda-feira Nelson Garrido

A estrutura disciplinar da FIFA, que notificou a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), determinava a subtracção imediata de 12 pontos, seis por cada um dos processos, sendo um referente à aquisição dos futebolistas Rodrigo Café ao Coritiba e Felipe Brochieri ao Palmeiras, na época de 2007-08.

“A FPF notificou a Liga Portugal para que remetesse comprovativo da dedução de seis pontos, relativamente a cada um dos processos (i.e. um total de 12 pontos), na tabela classificativa da Naval. Nestes termos, e em execução das aludidas decisões, foi determinada a dedução de 12 pontos”, pode ler-se no comunicado da LPFP.

Após 35 jornadas disputadas, a formação da Figueira da Foz ocupa o 14.º lugar na II Liga, com 46 pontos. Com a subtracção de 12 pontos, a Naval 1.º de Maio desce quatro posições, para o 18.º posto, contabilizando 34 pontos, ficando ainda a salvo dos lugares de descida de divisão.

Os jogadores do clube da Figueira da Foz recusaram-se hoje a treinar, como forma de protesto contra os quatro meses de salários em atraso e ausência de esclarecimentos por parte de responsáveis do clube da II Liga.

Os futebolistas já tinham apresentado um pré-aviso de greve à 33.ª jornada, frente ao Vitória de Guimarães B, por terem na altura três salários em atraso, mas acabaram por desconvocar o protesto e comparecer no jogo do último sábado, depois de um investidor asiático ter adquirido 15% do capital da SAD da Naval 1.º de Maio.

Caso não fossem retirados os pontos ao clube da Figueira da Foz, a FIFA poderia suspender as selecções nacionais de provas por si organizadas, segundo a deliberação do organismo que rege o futebol mundial, a que a Lusa teve acesso, que salienta ainda que caso a Naval 1.º de Maio não regularize as dívidas incorre na pena de descida à II Divisão.