Um morto nos confrontos entre adeptos do Atlético e do Deportivo
Incidentes ocorreram nas imediações do Estádio Vicente Calderón, em Madrid.
Os confrontos, que também deixaram 12 pessoas feridas, foram protagonizados por elementos afectos às claques mais radicais de ambos os clubes – Frente Atlético e Riazor Blues – e tiveram início pouco antes das 09h (o jogo estava marcado para as 11h). Segundo testemunhas, meia centena de adeptos colchoneros esperava os autocarros que vinham da Galiza e imediatamente começaram as agressões. Rapidamente se juntou mais gente à confusão, tendo participado cerca de 200. As autoridades espanholas tinham declarado “baixo risco” para o encontro.
Segundo um comunicado da Liga espanhola, a suspensão do jogo foi equacionada mas não chegou a avançar. A LFP manifestou “repulsa” pelos confrontos e garantiu que foi “firme na intenção de suspender o jogo, sem que tenha sido possível”. “O organismo continua a trabalhar com as associações de adeptos, polícia e todos os clubes para erradicar a violência, o racismo, a xenofobia e a intolerância no futebol profissional”, acrescentou o mesmo organismo. O Atlético de Madrid também condenou “energicamente” os confrontos. “Isto não tem qualquer relação com o futebol, foram grupos radicais. Nem o Atlético nem o Deportivo tiveram nada a ver com o que aconteceu”, defendeu o presidente dos colchoneros, Enrique Cerezo.
A Polícia Nacional espanhola fez mais de 20 detenções relacionadas com estes incidentes.
Com esta morte, sobe para oito o número de vítimas mortais em Espanha, desde a década de 80, em consequência de confrontos entre adeptos de futebol.