Marítimo protagonizou mais um pesadelo para o FC Porto longe do Dragão
Terceira derrota na Liga para o campeão, que perdeu o 13.º ponto fora de casa e aumentou a desvantagem para o Benfica
Os portistas, macios, não resistiram à boa entrada do Marítimo – nem a mais uma fraca exibição -, não tiveram depois competência para dar a volta ao marcador ou conseguir sequer o empate e estão agora a quatro pontos do Benfica [o Sporting só joga neste domingo com a Académica].
Um golo de grande penalidade, aos 13 minutos, de Derley, foi o suficiente para decidir o encontro a favor do Marítimo, que não ganhava há nove jogos, desde 1 de Dezembro, mas foi neste sábado a melhor equipa. O avançado brasileiro deu sempre muito trabalho à novamente pouco fiável defesa “azul e branca”.
Depois de uma primeira metade muito má, o FC Porto carregou um pouco mais na segunda, mas reagiu sempre sem grande cabeça. A aflição do FC Porto fê-lo acabar o jogo com três defesas, com Josué como médio mais recuado e mais seis jogadores de cariz atacante (Carlos Eduardo, Quaresma, Jackson, Quintero, Ghilas e Licá).
Mas as opções de Paulo Fonseca não evitaram que a sua equipa perdesse o 13.º ponto dos 27 que já disputou fora de casa no campeonato – um grande contraste com a eficácia que tem mostrado no Dragão, onde cedeu apenas dois em 24. Os “dragões” venceram apenas em quatro das nove deslocações realizadas no campeonato (e em seis das 14 no total de todas as provas). Outro aspecto que deve preocupar Fonseca é a incapacidade de reacção da equipa nos jogos em que o golo inaugural é apontado pelo adversário.
A equipa insular foi a melhor nos primeiros 25 minutos - período em que mais se notou no adversário a falta de um substituto à altura para Fernando -, ganhou o meio-campo e levou o jogo para perto da baliza de Helton, o novo capitão após a saída de Lucho para o Qatar.
Aos 12’, Danilo tentou tirar a bola da sua área, mas acertou no pé de Danilo Pereira. Derley não perdoou o castigo máximo e facturou pela nona vez na competição. O campeão, que somou a terceira derrota na prova, mais duas do que as sofridas nos dois campeonatos anteriores em conjunto, precisou de 27 minutos para fazer o primeiro remate à baliza de Salin, guarda-redes que está de regresso ao clube e estreou-se logo a titular. O único remate perigoso dos visitantes na primeira parte foi protagonizado por Quaresma, que atirou um pouco ao lado de livre directo, num lance semelhante ao do defesa maritimista Márcio Rozário antes do intervalo.
O FC Porto só conseguiu levar o perigo para junto de Salin a partir dos 57’ e mesmo assim só durante cerca de 15 minutos. Quaresma livrou-se por uma vez de Gégé e atirou de pé esquerdo, com Salin a segurar a vantagem. No minuto seguinte, Josué tentou bater em jeito o francês, mas este voltou a reagir a tempo.
Com o FC Porto lançado para a frente, o Marítimo, mesmo sem o agora sportinguista Heldon, não deixou de ser perigoso no contra-ataque. Helton voou para impedir o segundo golo a Derley (69’), que tinha rematado de longe, e o avançado falhou mais tarde o remate quando estava isolado (90+1’). Antes, Varela, à meia volta tinha desperdiçado a última grande oportunidade portista perante um Marítimo com qualidade para segurar o triunfo.