“Esperemos que a felicidade nos acompanhe desta vez”, afirmou nesta terça-feira o técnico benfiquista, para quem a derrota no Dragão com o FC Porto não exigiu grande trabalho psicológico com os jogadores, porque a final de Amesterdão já será motivação suficiente: “Não foi muito importante entrar na cabeça dos jogadores, porque esta final mexe pela positiva na inteligência emocional e eles estão supermotivados. Estarão a alto nível em todos os aspectos do jogo.”

Para o Benfica, esta será uma possibilidade de regressar às glórias europeias, e Jesus reconhece a oportunidade histórica que o clube tem na capital holandesa: “O Benfica é um clube que tem uma história bonita na Taça dos Campeões Europeus, criou um nome histórico, como o Real Madrid, ou o AC Milan, como uma das equipas que têm mais finais nos anos 60 e 70. Tem vindo a recuperar prestígio, está na final, esteve nos ‘quartos’ da Champions, meias-finais da Liga Europa há dois anos.”

Se o Benfica já é repetente em finais europeias, Jesus tem a sua primeira final e espera que não seja a última. “É a minha primeira final de uma grande prova europeia, de certeza que vou ter mais passagens como esta, e estou a vivê-la com orgulho e satisfação”, declarou Jesus, reagindo diplomaticamente aos desejos de Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, que desejou que Jesus e o Benfica saiam vencedores da final: “Estamos sempre receptivos a ser elogiados e, dentro dessa ideia, como português, fico satisfeito com essa opinião.”

O Chelsea já não é a mesma equipa da época anterior que eliminou o Benfica e que acabaria por se tornar campeão europeu. Para Jesus, este Chelsea de Rafael Benítez tem mais qualidade do que a versão anterior de Roberto di Matteo. “Há diferenças. Há um treinador diferente, com ideias diferentes. O Chelsea tem alguns jogadores que lhe dão outra qualidade, como o Óscar e o Hazard. Antes, o Chelsea não era tão forte no sector ofensivo. Chegaram à final as duas equipas mais fortes. Vai ser o terceiro classificado da Premier League e com jogadores de grande valor”, diz Jesus, para quem o Chelsea, apesar do estatuto de campeão, não é necessariamente favorito: “Temos todas as condições de vencer esta final.”

Para o técnico do Benfica, ambas as equipas estarão na mesma situação em termos de desgaste, apesar de o Chelsea ter feito mais jogos na presente temporada: “São duas equipas com muitos jogos e com as mesmas horas de recuperação. Jogamos com os mesmos problemas. O Chelsea praticamente não treinou como nós não treinámos.”