Jogo apitado por Pedro Proença entre os que terão sido manipulados

Jornal dinamarquês diz que o Liverpool-Debrecen de 2009 é um dos jogos investigados, mas não envolve o árbitro português nas suspeitas.

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Pedro Proença é um dos melhores árbitros internacionais Tony Gentile/Reuters

O jornal dinamarquês não envolve Proença na investigação, referindo que o alvo de tentativa de corrupção foi o guarda-redes montenegrino do Debrecen Vukasin Poleksic, um jogador que esteve dois anos, entre 2010 e 2012, suspenso por envolvimento em manipulação de resultados. A partida terminou numa vitória dos britânicos por 1-0.

O Debrecen disse nesta terça-feira que estas alegações do Ekstra Bladet já são antigas e que já haviam sido sancionadas pela UEFA com a suspensão de Poleksic, que foi suspenso por não ter denunciado estas tentativas de corrupção. O clube húngaro recordou o comunicado que havia divulgado em 2009, em que dizia que a investigação não havia provado que Poleksic tivesse recebido dinheiro para um outro jogo dessa edição da Liga dos Campeões com a Fiorentina. Segundo o jornal, o objectivo dessa rede criminosa seria que o jogo terminasse com uma vitória do Liverpool por três golos de diferença.

Outro dos jogos referenciados pela imprensa internacional como estando incluído na investigação é um particular entre as selecções de sub-20 da Argentina e da Bolívia em 2010, dirigido por um árbitro húngaro. O jogo em causa terminou com uma vitória argentina por 1-0, em que o árbitro prolongou o tempo de jogo por 13 minutos, período em que a Argentina marcou, de penálti, o seu único golo.

Também nesta terça-feira, as autoridades de Singapura mostraram-se disponíveis para colaborar, depois de o território ter sido identificado pela Europol como base da organização criminosa que controla este esquema de manipulação de resultados para apostas. “Singapura luta contra a manipulação de jogos e quer trabalhar com as agências internacionais para combater os cartéis criminosos transnacionais e aqueles dos quais fazem parte nacionais de Singapura”, declarou a polícia daquele território, um país que está listado como um dos menos corruptos do mundo.

Da parte da Alemanha, que tem sido afectada com muitos escândalos recentes de manipulação de resultados, Reinhard Rauball, presidente da Liga alemã, diz que nenhuma das duas principais divisões do futebol germânico está envolvida na investigação. Já em Espanha, Javier Tebas, vice-presidente da Liga espanhola, admite em declarações ao jornal Marca, que o futebol do seu país sofre com a manipulação de resultados: “Aqui, não admitimos que existe uma doença e, assim, não podemos curar o doente. Temos manipulação de resultados e apostas ilegais. É uma percentagem reduzida, mas existe corrupção em Espanha.”     

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