Jackson Martínez deixa FC Porto em vantagem sobre o Benfica
“Dragões” marcaram cedo e vão jogar a segunda mão, no Estádio da Luz, na frente da eliminatória. O golo do colombiano interrompeu um ciclo de 27 jogos dos “encarnados” sem derrotas.
A equipa de Luís Castro não permitiu qualquer golo ao adversário, que assim foi derrotado depois de 27 partidas seguidas sem perder e sempre a marcar. A ocasião anterior em que o Benfica não tinha ganho nem apontado pelo menos um golo tinha acontecido há cerca de cinco meses, no início de Novembro, numa derrota na Grécia, perante o Olympiacos.
O FC Porto esteve próximo da equipa habitual, mas Luís Castro, no seu primeiro “clássico”, optou por deixar no banco Carlos Eduardo, promovendo Herrera, uma mudança que, teoricamente, deixava-o com um meio-campo mais preenchido, mas também com menos um elemento de cariz ofensivo. Mas o mexicano, importante nos melhores períodos dos “azuis e brancos”, conseguiu cumprir os dois papéis e foi uma das razões do domínio dos locais nos primeiros 45 minutos.
Jorge Jesus fez, como se esperava, várias alterações ao seu “onze” base do campeonato, uma delas a titularidade de Cardozo, o benfiquista no activo com mais golos ao FC Porto (7). No entanto, o paraguaio não teve nenhuma oportunidade de aumentar a sua conta pessoal contra os portistas. O seu companheiro no ataque foi Rodrigo e não Lima, que está habituado a marcar no Dragão.
O resultado começou a ser construído bem cedo, um pormenor que também contribuiu para a primeira parte de tendência portista. Artur e Luisão efectuaram intercepções providenciais nos primeiros minutos antes de Jackson Martínez fazer o 1-0. Ricardo Quaresma marcou o pontapé de canto e o colombiano respondeu com eficácia de cabeça, fazendo o seu 24.º golo nesta temporada. Este foi o golo mais rápido do FC Porto em jogos contra o Benfica desde que Rolando inaugurou o marcador aos 4’, também num lance de bola parada, na Supertaça de 2010.
O golo estabilizou o FC Porto, que dominou o meio-campo, graças ao trio Fernando, Defour e Herrera, enquanto o Benfica não conseguia criar perigo, com Sulejmani e Salvio a não serem capazes de desequilibrar nos flancos. Por isso, a bola esteve mais perto da baliza de Artur do que da de Fabiano. Herrera e Danilo poderiam ter criado mais perigo, mas os seus cruzamentos não acertaram no alvos.
Aos 22’, Maxi Pereira protagonizou o primeiro lance de perigo do Benfica, com o seu remate a ser interceptado por Reyes. Mas voltou a ser o FC Porto o clube mais perigoso, especialmente quando Fernando isolou Varela: o extremo não conseguiu superar a resistência de Artur (36’).
A segunda metade foi mais equilibrada, com a bola a passar muito tempo no meio-campo e longe das áreas. Quando o Benfica parecia começar a estar melhor no jogo, através das substituições operadas por Jorge Jesus, foi o FC Porto a estar muito perto de dobrar a vantagem. Aos 77’, Jackson atirou ao poste depois de se libertar da marcação e Carlos Eduardo não conseguiu fazer a recarga. Três minutos depois, foi a vez de Fabiano brilhar ao negar o golo e o empate a Ruben Amorim, após um canto, com uma grande defesa naquela que foi a melhor oportunidade dos líderes folgados do campeonato.
Nos últimos minutos, os visitantes conseguiram presença na área portista (e algum perigo) através de lances de bola parada. No entanto, foram os “dragões” que voltaram a falhar uma oportunidade clara, quando Quintero preferiu tentar servir Quaresma em vez de rematar (90’), momentos antes de a polícia, já com o jogo terminado, ter carregado sobre uma das claques do FC Porto nas bancadas.