Goleada do Brasil provocou desacatos, autocarros queimados e livros baratos
Pelo menos uma loja de electrodomésticos foi pilhada em São Paulo.
Uma loja de electrodomésticos em São Mateus, na zona leste de São Paulo, foi pilhada após o encontro, segundo o diário Folha de São Paulo. Dois autocarros foram incendiados em locais distintos, e o mesmo jornal dá ainda conta de um incêndio de grandes dimensões num estacionamento de autocarros na zona sul da capital paulista. Na região de Itaquera, “um grupo de pessoas ateou fogo em lixo e móveis fechando a pista da avenida Jacu-Pêssego”, acrescenta a Folha de São Paulo. Apesar das ocorrências, ninguém foi detido em São Paulo, de acordo com informações da Polícia Militar.
No Rio de Janeiro também se registaram desacatos. O cenário foi a Fan Fest, zona de animação dinamizada pela FIFA que permite aos adeptos que não têm bilhete para os jogos assistir às partidas em ecrã gigante. Ainda antes do intervalo ter-se-ão verificado “pequenas brigas e confusões” tanto dentro, como fora do recinto da festa. Houve adeptos a queixarem-se de um arrastão, ainda que a Polícia Militar o tenha negado. Ocorreram apenas “furtos pontuais”, segundo a força policial, tendo sido detidas seis pessoas. O policiamento foi reforçado na zona de Copacabana.
Mas nem só de violência se faz a ressaca da goleada sofrida pelo Brasil. A editora Lote42 está a fazer descontos de 70% em todos os produtos – tudo devido a uma campanha que vinha a levar a cabo durante o Mundial e que oferecia 10% de desconto aos utilizadores por cada golo sofrido pela selecção brasileira. Contra a Colômbia, nos quartos-de-final, tinham sido 10% de desconto. A Alemanha levou a promoção a um nível jamais imaginado.
“Geralmente as lojas fazem promoção ao contrário, com 10% de desconto a cada golo do Brasil. Então a gente achou legal fazer uma brincadeira e mudar isso”, confessou o proprietário da editora, João Varella. A página da Lote42 na Internet esteve congestionada, mas a editora manteve o desconto. “É um resultado impressionante. Deve ser o ritmo de venda mais rápido de uma editora independente”, disse.