Figgy: viagem sabática e mudança para o Algarve
Dois meses na América do Sul de mochila às costas refrescam espírito e ideias para 2016
“Fui para espairecer e refrescar as ideias, de maneira a regressar mais descontraído para o novo ano. Um profissional de golfe não tira tanto tempo de descanso, mas foi um ano difícil e senti que estava a precisar de fazer uma viagem assim, incrível, conhecer lugares, pessoas, divertir-me. Acho que me fez bem e que me vai ajudar no próximo ano. Na minha profissão estamos sempre a viajar, mas a viagem que fiz pela América do Sul foi com um espírito diferente e em lugares diferentes”, justificou a antiga estrela do golfe amador nacional e dos “Bruins” da UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles).
Entretanto, “Figgy”, de 24 anos, prepara-se para mudar de residência para o Algarve, mais concretamente para Almancil (Loulé), o que acontecerá em meados de Janeiro. “Terei um ambiente mais profissional à minha volta, que me dá mais hipóteses de conseguir os objectivos”, explica, acrescentando: “Tinha de fazer essa mudança, o ambiente em que treinava em Lisboa e em que estava inserido não era o mais benéfico para mim, no Algarve é mais calmo, tenho mais pessoas com quem treinar e campos de golfe é o que não falta. Vou por tempo indeterminado, a ver como me adapto – e se correr bem é para ficar.”
Regressado a Portugal vindo da América do Sul, Pedro Figueiredo recomeçou a trabalhar depois do Natal, dia 27, no Algarve, ao mesmo tempo que Ricardo Melo Gouveia e ao lado deste. “Melhor companhia do que ele para treinar não arranjo, pela sua organização, disciplina e profissionalismo. Quando se treina com alguém assim é-se influenciado e vamos um bocadinho atrás”, elogia referindo-se à grande sensação do golfe português da actualidade, de quem é grande amigo desde os tempos de infância. Eles voltarão a estar juntos nos dias 4 e 5, para sessões com o treinador que têm em comum, o galês David Lewellyn.
Na época de 2015, Pedro Figueiredo concluiu a sua época no Challenge Tour no 143.º lugar na respectiva ordem de mérito, após 15 torneios realizados. Em 2016, apesar de ter ficado com a categoria 17 (para jogadores entre o 121.º e o 150.º lugares naquela tabela no ano anterior) no mesmo circuito, conta jogar 13 ou 14 torneios, fruto também de alguns convites que irá conseguir, seja através da sua agência de management (Hambric Sports), seja através da PGA de Portugal. Certa é a sua participação na maior parte das provas do Algarve Pro Golf Tour (logo neste mês de Janeiro jogam-se 4 torneios) e do PGA Portugal Tour.
“Tudo muito indefinido no Challenge Tour, vai ser assim a época. Infelizmente, foi nessa posição que me meti”, lamenta, antes de concluir com uma mensagem de optimismo: “Mas espero aproveitar as oportunidades que tiver e mostrar aquilo de que sei que sou capaz. Neste circuito as coisas podem mudar muito rapidamente, temos o exemplo do Ricardo [Melo Gouveia], que não tinha nada e de repente [em Outubro de 2014] ganhou um torneio que mudou a sua carreira de um momento para o outro.”
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