EUA, Irão e Rússia lutam para salvar a luta greco-romana

A Grand Central Station em Nova Iorque transformou-se numa arena que recebeu lutadores de luta greco-romana do Irão, Estados Unidos da América e Rússia. Porque para lá da política, há o desporto.

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A famosa e grandiosa Estação Grand Central em Nova Iorque recebeu lutadores e adeptos da luta greco-romana AFP PHOTO / TIMOTHY CLARY
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Hassan Tahmasebi, do Irão e Kyle Dake, dos EUA, num dos momentos do evento REUTERS/Lucas Jackson
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Os fãs da equipa iraniana foram os que mais se fizeram ouvir na Estação. No Irão, o wrestling faz parte da cultura e tradição do país REUTERS/Lucas Jackson
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Um frente-a-frente desportivo entre equipas que deixou questões políticas de lado AFP PHOTO / TIMOTHY CLARY
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O evento "Rumble on the Rails" juntou mais de 700 pessoas na Estação Grand Central REUTERS/Lucas Jackson
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A luta greco-romana foi incluída nos Jogos Olímpicos pela primeira vez em 1896 AFP PHOTO / TIMOTHY CLARY
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EUA, Rússia e Irão querem evitar que a modalidade seja excluída dos Jogos Olímpicos de 2020 REUTERS/Lucas Jackson
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A decisão final do Comité Olímpico Internacional está agendada para Setembro. Se o wrestling continuar no programa Olímpico, a vitória será de todos REUTERS/Lucas Jackson

A comissão executiva do Comité Olímpico Internacional (COI) recomendou em Fevereiro a retirada da luta greco-romana do programa olímpico permanente. Uma medida que, a ser aprovada, só vai vigorar em 2020. A decisão apanhou clubes, federações e ligas da luta greco-romana de surpresa. Numa tentativa para travar a decisão final de excluir a modalidade dos Jogos Olímpicos, a Federação Internacional decidiu juntar Irão, Estados Unidos e Rússia num evento que alertasse para a importância do desporto  A união não é, no entanto, inédita. Atletas norte-americanos e iranianos estão habituados a deslocar-se ao país “rival” para participarem em competições. Jordan Burroughs, lutador norte-americano medalhado, até já foi cumprimentado pelo Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

Para garantir a permanência da luta greco-romana nos Jogos Olímpicos, lutadores dos três países estiveram numa conferência de imprensa esta terça-feira nas Nações Unidas, em Nova Iorque, antes de sob o lema Keep Olympic Wrestling (Mantenham a Luta Olímpica) se lançarem na luta na estação mais famosa da cidade.

Com mais de 700 pessoas a assistir e segurança apertada, os atletas dos três países encheram o Vanderbilt Hall da  Grand Central Station para o evento Rumble on the Rails que se realiza desde 2010 para angariar dinheiro que permita fazer chegar a luta greco-romana a centenas de crianças nova-iorquinas. Este ano o espectáculo ganhou uma nova missão: salvar a modalidade.

Modalidade em vias de extinção?
Para tentar salvar a luta greco-romana, o Comité Olímpico Internacional (COI) recomendou mesmo algumas mudanças nas regras de modo a simplificar a modalidade e atrair mais adeptos.

Em Fevereiro, o director de comunicação do COI, Mark Adams, apresentou a recomendação dizendo que a decisão  não era “sobre haver alguma coisa de errado com a luta greco-romana” mas sobre o que era melhor para os Jogos Olímpicos. O programa olímpico passa assim a ter 25 modalidades a partir de 2020.

Actualmente fazem parte do programa a natação, canoagem, ciclismo, hipismo, ginástica, voleibol, luta, atletismo, andebol, tiro com arco, badminton, basquetebol, pugilismo, esgrima, futebol, hóquei em campo, judo, pentatlo moderno, remo, vela, tiro, ténis, ténis de mesa, taekwondo, triatlo e halterofilismo.

A luta greco-romana, incluída na primeira edição moderna das olimpíadas em 1896, disputa agora um lugar no programa olímpico com outros sete desportos. Uma sessão do COI que deve ocorrer em Buenos Aires em Setembro vai ditar a decisão final.
 

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