O novo técnico “encarnado” preferiu não responder a Jesus, garantindo que está completamente concentrado na Supertaça e não pensa em mais nada. “Sou respeitador para toda a gente. Respondo e falo com quem quero, quando quero. Estamos na véspera de uma final, um Benfica-Sporting, e isso passa acima de qualquer coisa. Da minha parte não têm resposta nenhuma, porque neste momento não quero falar”, atirou Vitória, na conferência de imprensa de antevisão do encontro.

“Estou concentrado no jogo de amanhã. É um Benfica-Sporting, um derby com tradição no futebol português. Vai estar o estádio cheio, um belíssimo espectáculo e espero que ganhe o Benfica, naturalmente. Como me preocupo muito com a minha equipa, o resto não me interessa para nada”, acrescentou o treinador do Benfica. “Tenho o máximo respeito pelo Sporting, naturalmente. Os jogadores do Benfica sabem a responsabilidade que têm. Quem representa este clube tem um símbolo muito grande ao peito e não precisa de se agarrar a outras coisas para se motivar”, notou.

E Vitória encerrou a questão perspectivando a conquista do seu primeiro troféu enquanto treinador dos “encarnados”: “O presente e o futuro é que me importam. Vamos apresentar uma equipa que sabe a responsabilidade do jogo, recheada de jogadores que têm muita capacidade e vontade de vencer. Tenho confiança no trabalho que temos vindo a fazer, na qualidade que os jogadores têm, e em toda a família benfiquista que vai estar a apoiar-nos e a fazer com que o clube ganhe mais uma taça. O passado não vale a pena discutir agora.”

Confrontado com o conhecimento que Jorge Jesus tem da equipa do Benfica, Rui Vitória desvalorizou esse factor, que considerou normal. “No futebol actual todos conhecemos a capacidade de cada uma das equipas. Não me preocupa nada essas questões. Estou a conhecer a minha equipa ainda melhor, sei a capacidade e o que os meus jogadores têm vindo a fazer. Estamos preparados para o jogo”, garantiu. Quanto o desgaste da digressão pela América, o técnico disse que o trabalho tem sido “muito positivo”. “Foi uma preparação normal, dentro do contexto do jogo”, disse, sem dar a conhecer pormenores do “onze” que lançará de início: “Os jogadores que irão entrar são aqueles que entendemos que são os mais capazes para o contexto que vamos encontrar. Não vou naturalmente avançar mais nada da equipa.”