Dono do Valência passa a deter 50% dos direitos de imagem de Cristiano Ronaldo
O futebolista português tornou-se num dos activos de Peter Lim, pelo menos nos próximos seis anos.
Em termos práticos, o futebolista português, craque do Real Madrid, cedeu por uma verba não revelada 50% dos seus direitos de imagem ao presidente do Valência – os restantes 50% pertencem ao clube merengue. Peter Lim, empresário natural de Singapura e dono do emblema valenciano desde o início deste ano, fica assim com o direito a explorar, por um período de seis anos, a imagem do futebolista que, por sinal, é apenas o melhor jogador de um concorrente directo ao título de campeão espanhol, entre outros troféus.
Estas ligações perigosas levantam dúvidas sobre um eventual choque de interesses, algumas já colocadas publicamente, como o fez o jornal espanhol El País. Será questionável ser dono de um clube e gerir o marketing e a imagem de um futebolista de outro clube, ainda por cima concorrente? O que desejará Lim quando a sua equipa defrontar o Real? Uma vitória do Valência ou que Cristiano Ronaldo faça uma exibição de sonho e goleie? Estará Cristiano Ronaldo sujeito a eventuais pressões para que “levante o pé” contra o clube che?
Indiferente a estas questões, Cristiano Ronaldo e Peter Lim manifestaram satisfação com o negócio. “Este é um passo estratégico para mim e para a minha equipa de gestão no sentido de levar a marca Cristiano Ronaldo para um outro nível, especialmente na Ásia”, declarou o português. "Ronaldo não é apenas um grande jogador de futebol, é também uma personalidade muito popular. Acredito que a marca Cristiano Ronaldo vai continuar a crescer", refere, por sua vez, o empresário.
Estreita-se assim, um pouco mais, a ligação entre Cristiano Ronaldo e Jorge Mendes, empresário que representa o jogador e que também tem fortes ligações a Peter Lim. Prova disso é o número de jogadores contratados pelo Valência recentemente, grande parte deles colocados no clube por intermédio, precisamente, de Mendes, como foram os casos de André Gomes, Rodrigo ou João Cancelo e até mesmo o treinador Nuno Espírito Santo.