Desta vez o Real Madrid não entrou no carrossel de Pep Guardiola
Merengues bateram o Bayern Munique (1-0) na primeira mão da meia-final da Liga dos Campeões.
Fiel ao “estilo Pep Guardiola”, o Bayern começou a partida numa posição de controlo. O carrossel dos bávaros deu-lhes o domínio da posse de bola (64%-36%), do número de remates (16-9, dos quase 11-7 foram enquadrados) e dos passes bem-sucedidos (701-270). Mas não tiveram argumentos contra a eficácia: Benzema fez um golo que dá vantagem ao Real Madrid na eliminatória. Pela primeira vez desde Fevereiro de 2012, o Bayern não marcou golos num jogo fora da Champions.
As ameaças iniciais do Bayern não passaram disso. Ameaças. Robben atirou ao lado e Schweinsteiger rematou para defesa de Casillas (14’). Pelo contrário, o Real Madrid foi fulminante. Com um instinto felino, os merengues atiraram-se à jugular do adversário e passaram para a frente do marcador. Cristiano Ronaldo, com um grande passe, lançou Fábio Coentrão na esquerda e o lateral esquerdo, que realizou uma excelente exibição, correspondeu com a assistência para Benzema, que só teve de empurrar para o fundo da baliza. Foi o 36.º golo da carreira do francês em 62 jogos na Champions.
O Real Madrid atacava de forma vertiginosa. O segundo golo esteve à vista logo a seguir, com Cristiano Ronaldo a cabecear com força, para defesa de Neuer. Pouco depois, em mais um contra-ataque fulminante, Cristiano Ronaldo recebeu a bola de Benzema mas desperdiçou a oportunidade – o remate saiu por cima (26’). O Bayern era incapaz de ameaçar a baliza de Casillas e os merengues ainda deixaram escapar outra ocasião flagrante, por Di María.
Os bávaros procuraram restabelecer a igualdade no segundo tempo, mas na maior parte do tempo foram inconsequentes.
Paulo Bento, se estava a assistir à partida, gostava do que via dos portugueses. Mas ficou com um nó na garganta aos 73’, quando Pepe sofreu uma lesão e teve de sair.
O Bayern, que já conquistou o título de campeão da Alemanha e desde então pareceu descomprimir mais do que seria recomendável, ainda obrigou Casillas a fazer uma grande defesa (remate de Götze aos 84’).
Por agora, Ancelotti bateu Guardiola, mas o desfecho da eliminatória passa por Munique, um lugar onde o Real não sabe o que é vencer.