CR Álvares Cabral

Não há melhor vitória nem vingança do que aquela que se obtém depois de dar esperança ao adversário. Cristiano Ronaldo (CR) já tinha tirado a esperança marcando o primeiro golo e marcando o trabalho de casa da Suécia: "Agora, se quiseres ir ao Brasil, marca três golos e não nos deixes marcar mais nenhum".

Com cruel paciência CR esperou que a Suécia marcasse dois desses três golos. Deu-lhes uns escassos minutos de esperança – não fosse ela tornar-se contagiosa – e marcou o 2-2. Deu um novo trabalho de casa aos suecos: "Agora têm de marcar mais dois golos, para além dos dois que já marcaram. Desculpem eu vos ter dado a impressão que poderiam ir ao Brasil marcando apenas três golos. Afinal são quatro".

Enquanto os suecos ainda estavam a cismar como é que iriam marcar mais dois golos, CR marcou mais um, dando a vitória do jogo a Portugal, por um previsível golo de diferença, tal como tinha acontecido em Lisboa.

Nem deu trabalho de casa. A Suécia só tinha marcado dois golos. Agora teria de marcar mais três nos poucos minutos que lhe faltavam. Não é tarefa que se possa pedir a alguém.

CR ainda sofreu imenso o facto de não ter marcado um quarto golo. E ainda há quem diga que ele não se esforça quando joga por Portugal. Pois não. Esforçamo-nos nós. Para acompanhá-lo.
 
 
 

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