Ciclismo: mais equipas, mais ciclistas, uma nova tendência
O pelotão do ciclismo profissional português é constituído por 64 atletas divididos por seis equipas.
Era a realidade possível num contexto em que apenas quatro formações asseguraram a “resistência” do ciclismo português. Carmin-Prio-Tavira, a Efapel-Glassdrive, a LA-Antarte e o Onda-Boavista mantiveram-se como únicas representantes do pelotão em 2011 e 2012, depois de no ano anterior o CC Loulé-Louletano ter desistido do profissionalismo devido a factores económicos.
Um ano antes, já a Liberty Seguros, abalada pelo triplo positivo por CERA (EPO de terceira geração) na Volta a Portugal de 2009, tinha abandonado o ciclismo pela porta pequena.
O número de inscritos acompanhou os desaparecimentos: se os 44 ciclistas de 2011 representaram um importante declínio, depois da grande redução relativamente a 2010 (56 corredores) e a 2009 (78), os 41 de 2012 constituem o recorde negativo.
Em 2013, a tendência inverteu-se, num fenómeno contracorrente numa modalidade ainda a recuperar do caso Lance Armstrong e submetida ao escrutínio no julgamento da “Operación Puerto”, um dos maiores escândalos de doping do desporto, com o pelotão a subir para os 64 atletas.
A responsabilidade pertence ao Louletano-Dunas Douradas, que marca o regresso do Clube de Ciclismo de Loulé ao escalão continental profissional, e à OFM-Quinta da Lixa, nome de estreia da equipa de Valongo entre os “grandes”, depois de vários anos no escalão sub-23.
Nas seis formações reinam os corredores portugueses, que representam 82 por cento de todos os inscritos.
Além dos 53 portugueses, nas estradas nacionais vão correr sete espanhóis, um chileno, um moldavo, um argentino e um britânico.
O pelotão inicia a sua temporada no domingo na Prova de Abertura, que apresenta um percurso de 150 quilómetros propícios aos sprinters e integralmente corrido em Loulé.