CEO de empresa ligada à FIFA procurado pela polícia brasileira

Ray Whelan é suspeito de estar por trás de um grupo de venda ilegal de bilhetes e fugiu do hotel onde se encontrava quando a polícia estava prestes a detê-lo.

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Whelan quando foi detido pela primeira vez Stringer / Reuters

Ray Whelan deveria ter-se apresentado esta sexta-feira numa esquadra do Rio de Janeiro e é, a partir de agora, considerado foragido às autoridades.

Na segunda-feira, Whelan foi detido preventivamente no hotel de luxo Copacabana Palace e acabou por ser libertado depois de interrogado. O empresário britânico terá entregado o seu passaporte e as suas credenciais da FIFA após o interrogatório.

O responsável pela investigação, Fábio Barucke, revelou ao jornal O Globo que as imagens das câmaras de vigilância mostraram a fuga de Whelan do hotel, acompanhado pelo seu advogado, Fernando Fernandes.

Nas últimas semanas, as autoridades brasileiras têm investigado um esquema de venda ilegal de bilhetes do Mundial que poderia render cerca de 90 milhões de dólares (66,1 milhões de euros).

A polícia prendeu onze pessoas na semana passada, no âmbito da operação “Jules Rimet”, e tinha referido a implicação de um responsável da FIFA. Whelan trata-se do CEO da Match Hospitality, uma empresa parceira da FIFA que estava precisamente encarregue de organizar a venda de bilhetes, alojamento e outros serviços para o Mundial 2014.

A empresa afirmou, após a primeira detenção de Whelan, não ter nada a ver com o esquema de bilhetes, mas garantiu que iria colaborar com as investigações.

Barucke descreveu, em declarações à Folha de São Paulo, o Copacabana Palace como uma “feira de bilhetes” e acusou a FIFA de ser “a maior fomentadora da prática da venda ilegal”.

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