Exibição irrepreensível para fechar primeira volta quase perfeita
Benfica venceu facilmente o Marítimo e mantém seis pontos de avanço sobre FC Porto. Gaitán lesionou-se cedo, mas o seu substituto, Ola John, esteve em grande nível, tal como Salvio, Lima ou Jonas.
Só houve desempenhos positivos no Benfica, mas os homens mais adiantados estiveram um nível acima de todos. Sem precipitações, Lima, Jonas, Salvio e Ola John — com ajuda de Talisca — tomaram muitas vezes a melhor opção e fizeram o sector mais recuado do Marítimo ficar muito mal na fotografia — sempre tão perto, mas tão longe.
O campeão de Inverno terminou a primeira metade da prova numa série de nove triunfos consecutivos e manteve a vantagem para o FC Porto. Além da qualidade ofensiva, os homens de Jorge Jesus repetiram a segurança defensiva e no meio-campo, que tem sido imagem de marca — e para a qual os homens mais avançados também contribuem —, e bloquearam os caminhos aos madeirenses.
O Marítimo, uma das melhores equipas a jogar em casa na Liga, sofreu neste jogo tantos golos como nos sete anteriores nos Barreiros. Por outro lado, o líder, que nos últimos 11 encontros em todas as competições só sofreu golos em um, conseguiu um dos seus triunfos mais folgados — que nem a lesão logo aos 13’ de Gaitán impediu —, só superado pelos cinco golos sem resposta ao V. Setúbal, na 4.ª jornada.
Foi precisamente o substituto do argentino, Ola John, quem descobriu Salvio, no lance do primeiro golo. O extremo argentino teve uma recepção de classe antes de finalizar. O quarteto ofensivo dos visitantes esteve depois todo envolvido numa jogada que só não deu golo, porque Bauer interceptou o remate de Lima.
O Benfica resolveu o jogo rapidamente na segunda parte. Talisca lançou Ola John e este não falhou perante a saída de Sá (53’).
A defesa local não encontrava solução e, aos 57’, sofreu novo golo de Salvio, desta vez com assistência de Jonas. Com Maazou condenado a corridas inúteis no meio da defesa benfiquista, só depois do 0-3 o Marítimo – que pediu o segundo amarelo para Talisca no fim da primeira parte (o brasileiro viria a ser expulso, mas propositadamente, para não jogar na Taça da Liga) – criou o primeiro lance de perigo e foi apenas num remate de fora da área de Danilo, que Júlio César desviou para a trave. O jogo altruísta dos “encarnados” voltou a evidenciar-se no último golo: Jonas para Salvio e este serviu de bandeja Lima (63’).