Triunfo folgado prova que derrota em Paços de Ferreira não foi trauma
O Benfica venceu com tranquilidade o Boavista, esteve até perto da goleada, e irá disputar o derby com o Sporting, no próximo fim de semana, moralizado.
Foi tudo fácil e tranquilo para os “encarnados” numa partida em que as estatísticas não foram defraudadas. Os lisboetas apresentavam-se como a equipa que menos golos consente em casa (apenas dois), defrontando o conjunto mais batido e que menos marca fora de portas. O resultado foi um encontro de sentido único, com sucessivos lances de perigo junto da área “axadrezada”, que apenas, por uma vez, obrigou Júlio César a uma defesa.
Face a tudo isto, até se pode dizer que o primeiro golo do Benfica chegou tarde, aos 23’. Até lá, os lisboetas construíram quatro excelentes oportunidades, mas seria uma grande finalização de Lima a dar substância ao domínio benfiquista. O brasileiro, assistido por Maxi Pereira, fez um chapéu de cabeça ao guarda-redes Mika e a resistência boavisteira desmoronou-se.
O segundo golo chegou, naturalmente, dez minutos depois, num lance estudado, na sequência de um canto curto. Se Maxi assistiu Lima para o primeiro, desta vez seria o brasileiro a tocar para o lateral direito entrar na área e marcar.
Petit procurou alterar o estilo de jogo dos “axadrezados” para a segunda metade, subindo as linhas e pressionando mais alto, mas abriu espaços na retaguarda. Logo aos 48’, Lima foi travado na área boavisteira e pediu penálti, mas o árbitro só apontou para a marca de castigo máximo cinco minutos depois, a punir uma falta de Afonso Figueiredo sobre Samaris, cometida fora da área. Jonas cobrou e aumentou a vantagem da sua equipa. E o juiz da partida voltaria a estar mal aos 87’, quando não sancionou um derrube de Lima por Philipe Sampaio, desta vez, dentro da área dos visitantes.
Chamado a intervir apenas uma vez ao longo de todo o encontro, no tal lance solitário do Boavista, aos 69’ (cabeceamento de Philipe Sampaio), Júlio César lesionou-se sozinho ao correr para evitar a saída de uma bola pela linha de fundo (78’). Foi o único sobressalto de Jorge Jesus numa partida sem espinhas.