Benfica trava drasticamente Académica de Viterbo

“Encarnados” precisaram apenas de 20 minutos para decidirem o encontro e os “estudantes” nunca ofereceram resistência, encerrando um ciclo de nove partidas consecutivas sem derrotas.

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O Benfica não deu hipóteses à Académica José Manuel Ribeiro/AFP

Jorge Jesus avisara na véspera que o Benfica estava muito forte, mas nada prepararia a Académica para uma entrada tão determinada dos “encarnados” na partida. Jardel abriu o marcador, aos 8’; Jonas aumentou a vantagem, aos 11’; Lima cobrou um penálti e estabeleceu o resultado que encerraria a primeira metade, aos 19’.

O Benfica aproveitou então para descansar e os “estudantes” para respirarem. A questão dos três pontos estava resolvida e restava apenas a incerteza acerca da robustez do triunfo da equipa da casa.

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É certo que José Viterbo também facilitou a tarefa aos campeões nacionais ao inovar radicalmente o seu “onze”, desfazendo o 4-4-2 a que tem sido fiel desde que assumiu o comando técnico e apostando numa defesa com três centrais, com a equipa a desdobrar-se em 5-4-1 no campo. Um modelo de jogo pouco rotinado entre os academistas, que pretendia colmatar algumas ausências importantes no meio-campo, mas que acabou por ter efeitos decisivos para as ambições dos visitantes.

Os três elementos no centro da defesa nunca se conseguiram coordenar e foram cometendo erros graves, aproveitados eficazmente pelo Benfica.

No primeiro golo, um cruzamento de Pizzi, na direita, foi desviado para as redes por Jardel, que não teve a oposição que se impunha de Iago. No segundo, o perigo veio do flanco contrário, com André Almeida a cruzar para a cabeça de Jonas, que também não falhou face a Ricardo Nascimento (que se queixou de ter sido empurrado). Depois foi a vez de Fernando Alexandre também contribuir para a festa “encarnada”, tocando desnecessariamente em Lima na área, com o próprio avançado brasileiro a ampliar a vantagem na cobrança do castigo máximo.

Viterbo mexeu na equipa e recuperou o 4-4-2 no segundo tempo, mas a tendência do encontro manteve-se inalterada. Ainda que em ritmo menos intenso, o Benfica continuava a sufocar o adversário e chegou ao 4-0, aos 53’, com uma nova assistência de André Almeida para Jonas, com espaço, finalizar.

O canto de cisne da Académica fez-se ouvir aos 80’, no primeiro ataque digno desse nome, que acabou com o golo de honra apontado por Rafael Lopes. Mas, quatro minutos depois, os 56 mil adeptos nas bancadas voltariam a vibrar com o quinto golo dos homens da casa, assinado por Fejsa, que entrara, aos 61’, para o lugar de Samaris, após um ano de ausência por lesão.

Não poderia ter sido mais feliz o ensaio geral para o próximo jogo caseiro dos "encarnados": a recepção ao FC Porto.

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