Benfica sem Enzo Pérez e sem problemas
Vitória do campeão nacional no terreno do Penafiel não teve direito a nota artística, mas foi segura e pragmática, permitindo aos “encarnados” manterem os seis pontos de vantagem sobre o FC Porto.
Anderson Talisca voltou aos golos e inaugurou o marcador na primeira parte, antes de Jonas e Jardel — numa altura em que os locais jogavam em inferioridade numérica — confirmarem a superioridade.
Com Enzo Pérez a participar activamente na quebra da invencibilidade do Real Madrid, Jorge Jesus fez a opção mais esperada, com Talisca mais recuado no meio-campo a ser o substituto do argentino.
O Penafiel, bem organizado e com as ideias no lugar, não facilitou a tarefa do Benfica, que já jogou melhor nesta temporada, mas fez uma exibição sólida e pragmática para ganhar bem e adaptar-se à ausência do agora médio do Valência.
O argentino não foi, contudo, a única “baixa” com que Jesus teve de lidar: não pôde contar com Luisão e Salvio, nem com o suspenso Samaris, para além das ausências mais prolongadas de Eliseu, Fejsa ou Rúben Amorim. Mas Cristante e Talisca formaram uma dupla consistente, com o italiano a ajudar o sector mais recuado benfiquista a fazer uma exibição coesa, que não permitiu oportunidades de golo ao adversário.
Mas também Rui Quinta teve de lidar com ausências importantes. Não pôde contar com o guarda-redes iraniano Haghighi, nem com o central Pedro Ribeiro ou o médio André Fontes, titulares na última jornada.
A segurança do Penafiel — conseguida também à custa de um par de faltas cirúrgicas à entrada da área — só começou a ser quebrada com um erro de Coelho, que Jonas não aproveitou porque o próprio guarda-redes emendou a situação (21’).
Aos 37’, o génio de Lima ajudou o desequilibrar o resultado a favor dos “encarnados” — o brasileiro enganou Bura e Coelho e assistiu Talisca para um golo simples.
A segunda metade iniciou-se com Rabiola a colocar a bola dentro da baliza de Júlio César, mas o lance foi bem anulado por fora-de-jogo.
Aos 65’, deu-se a expulsão do lateral-direito Tony, por duplo amarelo, contestada pela equipa da casa, e o Benfica aproveitou para, a partir desse momento, forçar uma vantagem mais descansado, com golos de Jonas, com o peito após um centro de Maxi (78’), e Jardel, sozinho na pequena área (88’).