De goleada em goleada também se constrói o título

Benfica foi impiedoso com o Penafiel que confirmou a descida à II Liga. Jonas igualou Jackson na lista de melhores marcadores e Lima está um passo atrás.

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Jonas marcou um dos golos do Benfica contra o Penafiel Hugo Correia/Reuters

Apesar do resultado esclarecedor, não deixa de ser surpreendente que o Penafiel tenha terminado a partida com mais posse de bola do que o conjunto de Jorge Jesus (49% contra 51%). Algo raro na Luz esta temporada.

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A verdade é que a equipa de Carlos Brito, sem nada a perder, entrou descomplexada na partida, procurando surpreender os lisboetas nos instantes iniciais, conseguindo circular bem a bola e até empurrar o adversário para o seu meio-campo. O atrevimento saiu-lhe caro.

Aos 8’, o Benfica chegou pela primeira vez à área e o marcador foi inaugurado. Numa rápida transição, Jonas libertou Maxi, na direita, com o uruguaio a cruzar para a cabeça de Lima.

A “formiguinha” penafidelense não se desorganizou e voltou ao trabalho árduo na busca de um milagre em Lisboa. Conseguia progredir até ao último terço do terreno, mas não mais. Um esforço inglório que voltou a ser punido severamente aos 30’, quando uma nova e fulminante transição da equipa da casa resultou no segundo dos “encarnados”, festejado por Jonas.

Sem esforço de maior, o Benfica tinha a partida resolvida. E o resultado só não ganhou contornos de goleada ainda no primeiro tempo, porque Haghighi (38’) e o poste (45’) impediram Jonas e Lima de aumentarem as contagens pessoais.

A segunda metade não trouxe novidades: um Penafiel laborioso, mas inofensivo, e um Benfica matador.

Aos 61’, um cruzamento atrasado de Lima, na esquerda, foi transformado por Pizzi no terceiro golo da tarde. E o público ainda estava de pé a festejar quando o avançado brasileiro bisou na partida, após ter interceptado um atraso desastrado de Romeu, que deixou o brasileiro isolado.

O Benfica entrou então em ritmo de férias, permitindo ao Penafiel uma rara oportunidade, quando uma falha de Luisão deixou a bola à mercê de Rabiola, aos 79’, que ultrapassou Júlio César, acabando por ser Jardel entre os postes a evitar o golo de honra.

Se o FC Porto não contribuir já este domingo para a festa “encarnada”, ela pode confirmar-se na próxima jornada frente ao Vitória de Guimarães, no Minho. É tudo uma questão de tempo.

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