O Benfica vinha de um encontro traumático em Leverkusen, em que ficaram bem patentes as limitações da equipa em lidar com a Liga dos Campeões. Mas o que não funciona na Europa tem dado para consumo interno e os “encarnados” tinham como missão manter a sua vantagem confortável sobre a concorrência mais próxima.

Jesus voltou a mexer muito no “onze”, sendo algumas mudanças provocadas por motivos físicos, com Artur no lugar de Júlio César, e um meio-campo remodelado por força da lesão forçada de Enzo Pérez, que esteve convocado, mas que nem sequer para o banco foi. Jardel também não estava disponível e, para fazer companhia a Luisão, foi Lisandro o escolhido.

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Mas o Benfica não encontrou tranquilidade a jogar em casa com o Arouca. Antes pelo contrário. Enzo faz, de facto, muita falta a esta equipa e um meio-campo só com Samaris e Talisca não chegava para fazer frente à muito bem montada equipa de Pedro Emanuel, sempre mais rápida e objectiva a manobrar, espreitando sempre com muito perigo o contra-ataque e sem ser sufocante na defesa. E se não fosse o mal-amado Artur, a tarde na Luz podia ter sido muito diferente.

Foram várias bolas de golo em que o guardião brasileiro brilhou, a primeira das quais rematada pelo seu homónimo do ataque contrário logo aos 10’. Os remates de Balliu aos 24’ e de Pintassilgo aos 26’ tiveram o mesmo destino, e, aos 41’, um pontapé de Nildo saiu ao lado após excelente jogada de André Claro. Do ataque “encarnado”, apenas um remate de Derley na pequena área aos 25’ e uma bomba de Talisca aos 40’ colocaram à prova Goicochea. Mas foi um oásis num deserto de desinspiração. E uma lesão de Lima no último minuto da primeira parte obrigava Jesus a recorrer a Jonas pela primeira vez.

O Benfica veio do intervalo com mais uma alteração. Gaitán ficou no balneário, Ola John regressou no seu lugar e as coisas começaram a mudar. Mas não sem antes o Arouca voltar a estar perto de marcar, com André Claro a desperdiçar um golo feito aos 54’, após uma boa arrancada de Nildo pelo flanco direito. Depois, só deu Benfica, mas, mesmo assim, ainda foram mais uns quantos minutos de sofrimento.

Foi só aos 75’ que o marcador funcionou. Talisca ganha espaço à entrada da área, combina com Derley e atira de pé direito para dar a primeira de quatro alegrias aos adeptos do Benfica, naquele que foi o seu sexto golo no campeonato – é o líder dos goleadores.  Derley fez o 2-0 aos 80’ após cruzamento de Salvio, naquele que foi o seu primeiro golo pelas "águias". Aos 83’, foi o argentino a cabecear com êxito após cruzamento de Ola John. Aos 88’, Jonas também deixou a sua marca, fechando a goleada aos 88’, após mais um cruzamento de Ola John. Do sofrimento à goleada em 13 minutos.