Os laterais mostraram o caminho

"Encarnados" estiveram a perder, mas acabaram por resolver o encontro na recta final (3-1).

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Foto: Hugo Correia/Reuters

Jesus não costuma ser grande adepto de fazer rotação e, apesar do jogo a meio da semana, a única alteração que fez foi na baliza, com Júlio César finalmente a estrear-se pelo Benfica. Os “encarnados” tinham a história do seu lado. Nunca tinham perdido com o Moreirense, mas a formação que veio da pequena localidade minhota até já tinha conseguido dois empates na Luz e, nesta época, tinha segurarado o FC Porto durante mais de uma hora.

A verdade é que o Benfica demorou muito a entrar no jogo, lento, sem ideias. Não esteve longe do golo aos 14’, quando Talisca fez um passe a isolar Lima, mas o avançado brasileiro foi o que tem sido nos últimos meses, perdulário e sem confiança. Deixou-se antecipar pelo guarda-redes Marafona e nem teve o discernimento para passar a bola a um companheiro mais bem posicionado.

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O Moreirense, pelo contrário, era um modelo de organização. Defensivo sem ser na versão autocarro e com muito critério no passe. Aos 16’ a Luz calou-se quando viu João Pedro rematar na pequena área e fazer o golo após excelente cruzamento de Arsénio. O avançado do Moreirense apareceu entre Eliseu e Jardel e, na cara de Júlio César, não falhou.

Jesus fez algo que não é muito habitual nele: uma substituição antes do intervalo, entrando Derley para o lugar de Samaris. As oportunidades de golo do Benfica foram escassas, mas, quando apareciam, o protagonista do falhanço era quase sempre o mesmo, Lima. O Moreirense raramente pôs a cabeça de fora, mas fê-lo com muito perigo aos 40’, numa jogada de cinco para três à qual Arsénio não deu o melhor seguimento.

O Benfica entrou a pressionar na segunda parte, mas o Moreirense não se desfez. Só após a expulsão de Marcelo, que viu o segundo cartão amarelo aos 57’, é que os visitantes perderam chama e o Benfica ficou definitivamente por cima. Ainda assim, só um grande remate de fora da área de Eliseu desbloqueou o jogo para o Benfica, um remate indefensável do lateral-esquerdo, aos 68’, que deu o empate. Nove minutos depois, aos 72’, o Benfica coloca-se em vantagem pela primeira vez, com Maxi Pereira a concluir da melhor forma um cruzamento de Gaitán.

Primeiro o lateral-esquerdo, depois o lateral-direito a mostrarem como se remata à baliza. Mas Lima também teve a sua oportunidade para festejar, num lance que levou o árbitro a marcar um penálti muito duvidoso. Na cobrança do castigo, o brasileiro acabou com cinco meses sem golos, mas terá o Benfica recuperado um avançado?
 

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