Benfica foge ainda mais do FC Porto com uma goleada em Guimarães

“Encarnados” dão um passo importante na luta pelo título, com uma vitória expressiva (4-0) no terreno do Vitória. A sete jornadas do final do campeonato, a vantagem sobre o FC Porto subiu para quatro pontos.

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O triunfo foi, porém, difícil, mais difícil do que o resultado dá a entender, frente a um Vitória de Guimarães que ocupou bem os espaços e ganhou o meio-campo durante boa parte do encontro. Na verdade, só depois de ficar reduzido a dez unidades viu a sua estratégia desmoronar-se. Até então, o jogo estava a ser uma luta na zona do meio-campo, com correcções de posicionamento frequentes, de um e de outro lado, que iam tornando interessante a disputa.

Mas a partida mudou de cara aos 59’, quando Paulo Baptista expulsou o lateral-direito do Vitória, Kanu, castigando com segundo cartão amarelo um lance em que o defesa joga a bola antes de atingir o adversário. Com um homem a menos, os vimaranenses deixaram de ser capazes de equilibrar as operações e ficaram em ainda pior posição quando, no lance imediatamente a seguir ao da expulsão, Garay fez o segundo golo da sua equipa.

O defesa argentino, que tinha subido ao ataque, apareceu solto de marcação no segundo poste, desviando por cima da cabeça do guarda-redes Assis — habitual titular da equipa B do Vitória, que substituiu o castigado Douglas. O Benfica já estava em vantagem nessa altura, mas não controlava totalmente o jogo e esse lance selou o destino da partida.

O primeiro golo dos “encarnados” tinha acontecido perto do intervalo, numa grande penalidade apontada por Cardozo (38’). O lance começou em Gaitán, que foi tão rápido quanto perspicaz a cobrar uma falta a meio-campo e isolou Lima. O brasileiro, que apanhou a defesa desprevenida, entrou na área, contornou Assis e caiu depois de um contacto com El Adoua. Cardozo fez o resto. O primeiro aviso do Benfica também tinha sido dado pelo avançado paraguaio, aos 29’, num cabeceamento ao lado.

Mas o Vitória nunca se retraiu e até foi a primeira equipa a obrigar o guarda-redes contrário a trabalhar. Primeiro (7’) foi Tiago Rodrigues quem viu Artur desviar para canto um livre directo colocado e, depois (25’), Ricardo trabalhou bem perante dois adversários, rematando à figura do brasileiro que defende a baliza benfiquista.

Depois vieram os golos e um “segundo jogo”. Mesmo com um homem a menos, os vimaranenses procuraram até ao final chegar ao golo e até podiam ter reduzido a desvantagem, à entrada para o último quarto de hora, quando Baldé cabeceou para defesa difícil de Artur. Na recarga, o avançado vitoriano não conseguiu melhor do que, de forma atabalhoada, voltar a colocar a bola nas mãos do guarda-redes.

E foi nessa fase que a gula ofensiva do Benfica fez engrossar os números. Gaitán (69’) e Salvio (72’) tinham avisado que estavam com vontade de elevar a contagem, mas remataram ao lado. E, no lance que se seguiu ao cabeceamento de Baldé, os benfiquistas marcaram mesmo o terceiro golo. Enzo Pérez descobriu a desmarcação de Salvio, que apareceu isolado frente ao guarda-redes, contornando-o, antes de atirar para o fundo da baliza.

O triunfo estava garantido e Jesus decidiu dar algum (pouco) descanso a Lima, fazendo entrar Rodrigo no seu lugar, aos 88’. E o avançado hispano-brasileiro ainda foi a tempo de fazer o gosto ao pé. Já em tempo de compensação, rematou no coração da área — depois de um lance de insistência pela lado direito — e fez o quarto golo da noite, estabelecendo o resultado final do encontro.
Foi o nono golo do Benfica nos dois últimos jogos do campeonato. E o 19.º triunfo na prova, que permite aos “encarnados” aumentarem para quatro pontos a vantagem sobre o FC Porto quando faltam sete jornadas para o final.

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