Álcool, drogas e mentiras: eis as razões do fracasso dos nadadores australianos
Um relatório da Federação Australiana de Natação arrasa o comportamento dos atletas nos Jogos Olímpicos de Londres.
Na Austrália, as coisas são diferentes, e a análise feita pela Federação Australiana de Natação é demolidora para o comportamento dos nadadores durante os últimos Jogos Olímpicos. O consumo de álcool e o uso de medicamentos são apontados como os causadores do insucesso dos nadadores que representaram a Austrália em Londres.
“Existiam alguns nadadores com um comportamento displicente para o bom funcionamento do grupo [como a embriaguez, consumo de drogas, violação das regras, intimidação a outros atletas, mentiras...], que exigia uma resposta por parte dos líderes, treinadores ou nadadores, mas essa resposta não foi dada”, denuncia o relatório tornado público pela federação australiana.
Em Londres, a natação australiana ganhou uma medalha de ouro, seis de prata e três de bronze, alcançando o seu pior registo desde os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992.
Entrevistados e tidos como parte integrante da investigação, os nadadores australianos responsabilizam os comportamentos negativos e a ausência de liderança pelo fracasso, quer a nível individual, quer a nível colectivo. “O nível de resposta em termos de disciplina e a responsabilidade da equipa de natação eram muito fracos”, pode ler-se no relatório, assinalando ainda a possibilidade de diversos atletas terem cometido pequenos delitos.
A Austrália, tida como uma das grandes potências mundiais da modalidade, era apontada como a favorita na estafeta de 4X100m masculinos, na qual contou com a participação de James Magnussen (campeão mundial dos 100 metros livres), mas acabou por terminar em quarto lugar, depois de um eventual consumo de drogas por parte dos membros da equipa.
A última vez em que a Austrália ficou sem uma medalha de ouro na natação individual foi nos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976.