Acabou o Estoril Open e nasceu o Portugal Open
Opinião do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, foi tida em consideração.
De acordo com o responsável, foi uma decisão ponderada e que teve o aconselhamento de várias personalidades, nomeadamente do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que terá sugerido que o nome Portugal Open remete para algo mais patriótico.
O anúncio foi feito durante a conferência de imprensa de apresentação da prova, que decorreu no Complexo de Ténis do Jamor, em Lisboa.
“Hoje, tenho de me render à afirmação de que o Estoril Open não é imortal. Morre aqui hoje, ao fim de 23 anos, mas celebramos o nascimento de um outro evento continuação do Estoril, nasce algo mais patriótico: o Portugal Open”, anunciou João Lagos durante a conferência de imprensa de apresentação da prova, no Complexo de Ténis do Jamor, em Lisboa.
O responsável adiantou que se tratou de uma decisão “muito ponderada”, a concretização de um “desejo muito antigo”, sublinhando que havia sempre “um desconforto nas gentes de Oeiras e Cascais” pelo nome do torneio.
“Entendemos que a mudança deste título e naming de Estoril evoluir para Portugal é um ato que vem contribuir e reforçar em grande medida à internacionalização da nossa marca e do nosso país e o reconhecimento que este precisa cada vez mais”, disse João Lagos.
João Lagos revela que a alteração do nome para Portugal Open “não está associada a qualquer apoio oficial”, admitindo tratar-se apenas “de um sentimento” que teve.
“Temos de nos habituar, e peço [desculpa] pela falsa modéstia, mas o grande patrocinador do Open é um tipo chamado João Lagos e por isso ele está sempre presente desde 1990 e cá continua apesar de todas as dificuldades”, disse o empresário quando questionado acerca dos patrocinadores do torneio.
O Portugal Open vai assim disputar-se no Estádio Nacional, em Oeiras, entre 27 de Abril e 5 de Maio. No lote de tenistas com a presença anunciada no maior torneio de ténis português destacam-se os argentinos Juan Martín del Potro, vencedor das duas últimas edições, e Juan Monaco e o suíço Stanislas Wawrinka.
No quadro feminino, os nomes mais sonantes são os da francesa Marion Bartoli, a mais cotada das inscritas, actual 11.ª do mundo e vice-campeã de Wimbledon em 2007, e da italiana Francesca Schiavone, antiga campeã de Roland Garros, actual número 47 mundial, mas que chegou a ser a número 4, em 2011.
Apesar de no anúncio de promoção do torneio aparecerem João Sousa e Pedro Sousa, João Lagos garantiu que a sua presença deve-se ao facto de João Sousa ser o único português no top-100 e de Pedro Sousa ser o luso que roubou um set ao campeão Del Potro.
Este ano, o torneio perdeu o patrocínio do Banco Espirito Santo, que apoiava o evento desde o seu início em 1990, mas João Lagos mantém ainda a esperança de que até dia 27 ainda possa acontecer muita coisa, sublinhando, no entanto, que o Open “é suficientemente forte, inclusive para superar uma dificuldade desse tipo [ficar sem patrocinador]”.