A margem de manobra do Benfica continua folgada

“Encarnados” derrotaram a Académica por 3-0 e voltam a ter sete pontos de vantagem sobre o Sporting.

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Lima marcou dois dos golos do Benfica contra a Académica Rafael Marchante/Reuters

Jorge Jesus, a fazer justiça ao que sempre tem dito ao longo da época, voltou a mudar meia equipa em relação à que entrara de início na última quinta-feira frente ao Tottenham, o que é o mesmo que dizer, que, do meio-campo para a frente, o Benfica foi uma equipa totalmente diferente. Os primeiros minutos indiciavam um jogo equilibrado, com uma Académica segura nos seus processos, defensiva mas com um olho na baliza de Oblak. Agra e Valente prometiam fazer estragos nas alas e a bola era bem tratada quando lhes chegava, mas não o suficiente pra incomodar.

Não demorou muito até o Benfica acelerar um pouco e começar a resolver o assunto. Aos 10’, Rodrigo escapa-se ao seu marcador, faz o remate, acerta no poste, Halliche não é suficientemente rápido a tirar dali a bola e Lima antecipa-se ao argelino e faz o primeiro para os “encarnados”.

O Benfica estava mesmo empenhado em fazer deste um jogo em que não fosse preciso sofrer. Não foi preciso. A Académica só esteve em jogo nos primeiros dez minutos.

Pouco depois chegou o golo da tranquilidade. Minuto 28, Markovic escapa-se pelo flanco direito, vai até à linha de fundo, faz o cruzamento e Lima, oportuno e sem marcação na pequena área, só teve de encostar. Se dúvidas houvesse, o segundo golo antes da meia-hora tratou de as apagar. Não haveria espaço para sofrimentos desnecessários, apenas para gestão controlada.

O Benfica fez o suficiente para manter a Académica à margem do jogo e podia até ter marcado muitos mais. Apenas marcou mais um, aos 59’, por Enzo Pérez, a concluir uma jogada de contra-ataque, e a contribuir para que a equipa guardasse algumas energias para o jogo de quarta-feira no Dragão com o FC Porto, para a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal.

Terão sido dos pontos mais fáceis de conquistar da temporada para o Benfica que continua a ter uma enorme margem de manobra para errar. O que não tem acontecido com muita frequência.

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