A França mostra poder de fogo
Goleada à Suíça por 5-2 coloca franceses muito próximos dos oitavos-de-final.
Se os bons augúrios não acompanhavam a França para este Mundial, com o desastre que foi o África do Sul 2010 e a lesão de Ribéry a pairarem sobre os “bleus”, o torneio brasileiro tem-se encarregado de mostrar o contrário. Sim, a França está num grupo acessível, mas, depois de um bom treino com os hondurenhos, tinha agora pela frente a sempre difícil selecção da Suíça, n.º 6 do ranking FIFA, com uma geração de jovens talentosos orientada pela mão firme do experiente Ottmar Hitzfeld. Mas os franceses voltaram a passar com distinção. Aos 18 minutos de jogo, já estava tudo acabado.
Ao segundo jogo, Deschamps resolveu experimentar jogar com os seus dois homens-golo na frente, Benzema e Giroud, e foi o homem do Arsenal a inaugurar o marcador. Bola na área e Giroud cabeceia para a baliza, com algumas culpas para Diego Benaglio. Tinham passado 17 minutos. Poucos segundos depois, Matuidi fazia o 2-0, expondo inesperadas fragilidades na defensiva suíça. Aos 32’, Benzema teve nos pés o 3-0, mas o avançado francês permitiu a defesa de Benaglio na conversão de um penálti, que castigou uma falta indiscutível de Djourou sobre o homem do Real Madrid.
Falhou Benzema na bola parada, acertou Valbuena em corrida aos 40’. Tudo começa na área francesa. Canto para os suíços, Giroud faz o corte, recebe de novo a bola e lança-se numa correria até ao último reduto suíço, fazendo o cruzamento perfeito para Valbuena concluir com facilidade. A França não abrandou após o intervalo. Benzema redimiu-se do penálti falhado aos 67’, marcando o 4-0, Sissoko fez o 5-0 aos 73’ e, com algum relaxamento francês, os suíços conseguiram minimizar os estragos, com golos de Dzemaili, aos 81’, e Xhaqa, aos 87’.
Benzema ainda marcou mais uma vez, num excelente remate de primeira, mas o árbitro holandês Bjorn Kuipers já tinha acabado com o jogo. O avançado do Real Madrid é que não ouviu o apito e o golo que lhe daria a liderança isolada dos goleadores do Mundial serviu para o espectáculo mas não para a estatística. Assim ficou apenas com três, ele que já tinha marcado dois às Honduras. E nenhum dos sete golos marcados teve marcador repetido. Todos foram apontados por jogadores diferentes.
Mas fica o aviso para os próximos inquilinos temporários do Arena Fonte Nova, o Irão de Carlos Queiroz e a Bósnia de Safet Susic, que se defrontam na próxima quarta-feira, em jogo a contar para a terceira jornada do Grupo F. No recinto de Salvador, em apenas três jogos, já se marcaram 17 golos.