A equipa dos coxos

Foram uns bons cinco minutos. Depois Portugal quebrou fisicamente. E vieram as lesões. Hélder Postiga desabou aos 13 minutos sem quase tocar na bola. André Almeida começou a coxear logo a seguir, e arrastou-se durante toda a primeira parte. Esta equipa deveria ser patrocinada por uma associação de fisioterapeutas. Nunca vi nada assim.

Dizer que Portugal está com problemas físicos é o mesmo que dizer que o Iraque está com problemas de insegurança. É um enorme eufemismo. Portugal ou joga a passo ou coxeia. Se as outras equipas não corressem, é possível que nós tivéssemos hipóteses. Mas como no futebol é preciso correr e mexer o rabo (não é, Bruno Alves?), o jogo foi-se tornando cada vez mais difícil e os golos americanos começaram a aparecer.

Durante todo o encontro só houve uma outra altura, para além dos primeiros cinco minutos, em que Portugal jogou bem. Foi após a inédita pausa para beber água na primeira parte. Aí a selecção fez mais uns bons cinco minutos e Nani ia marcando por duas vezes. Depois quebrou outra vez fisicamente. O que nos faltou, pelos vistos, foi isso: com 18 pausas para beber água, Portugal teria de certeza vencido o jogo.

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