Uma Thurman praticamente irreconhecível
É uma daquelas intervenções plásticas que deixam para trás um “original” que a nova versão quase faz desaparecer. Depois de Renée Zellweger, a musa de Tarantino reinventa-se.
A agitação foi total, com jornalistas, críticos de moda, analistas de Hollywood e público em geral a discutir nas televisões, nas páginas dos jornais e sobretudo em múltiplos fóruns na Internet a sua profunda transformação, os limites da cirurgia estética e, até que ponto, é a indústria cinematográfica a responsável pelas opções drásticas das actrizes de meia idade. O que acontecerá agora com Uma Thurman, a musa de Quentin Tarantino?
Thurman apareceu praticamente irreconhecível esta segunda-feira à noite em Nova Iorque, na festa que marcou a estreia da nova mini-série da NBC, The Slap, em que contracena com Melissa George, Mekenzie Leigh, Brian Cox ou Thandie Newton.
O seu rosto magro e anguloso, oval, deu lugar a outro que parece bem mais redondo e os seus olhos tornaram-se rasgados, pelo menos a avaliar pelas fotografias publicadas pelo site de notícias Huffington Post ou pelos diários Daily Mail e El País. Para quem como Thurman fez várias vezes em público declarações contundentes contra a cirurgia estética esta é uma viragem de 180 graus.
Uma viragem que, para alguém a quem já chamaram a Vénus de Hollywood e que é considerada uma das mulheres mais bonitas do cinema, pode ser também sinónimo de coragem, a mesma que sempre evidenciou ao longo do seu percurso como actriz, feito com um pé em filmes de grande orçamento e enormes expectativas de bilheteira, e com o outro em projectos de menor escala e visibilidade.
A actriz de 44 anos tem uma carreira ecléctica, mesmo sendo uma dos rostos mais reconhecidos do cinema dito independente. No seu percurso há filmes de acção de grande público, por vezes baseados no universo da BD – foi a Hera Venenosa do quarto filme da série Batman e a Emma Peel de Os Vingadores -, mas há também três Tarantinos que vão ficar para a história (dois Kill Bill e o incontornável Pulp Fiction), o icónico Ligações Perigosas de Stephen Frears, em que aparece em toda a sua sensualidade e falsa inocência, e a June Miller absolutamente provocadora de Henry e June, de Philip Kaufman. Mais recentemente, Thurman fez ainda o polémico e muito debatido Ninfomaníaca, de Lars von Trier.
Onde irá agora a nova Uma Thurman pós-cirurgia estética?