Portugal tem 19 projectos candidatos ao Prémio Mies van der Rohe 2015
Portugal é o sétimo país mais citado na lista das 420 candidaturas anunciadas esta terça-feira para o mais importante prémio europeu de arquitectura contemporânea.
O país mais representado na lista da Fundação Mies van der Rohe é Espanha, como 35 obras realizadas nos últimos dois anos. Seguem-se a Alemanha (27 projectos), a França (25), o Reino Unido e a Turquia (21, cada) e a Holanda (20), surgindo a Áustria com o mesmo número de projectos de Portugal.
No comunicado em que divulga a lista das 420 candidaturas, a Fundação Mies van der Rohe destaca que 27% dos projectos dizem respeito a residências e 24% a centros e instituições culturais. E anuncia também, como novidade, a criação de um Prémio para um Jovem Talento da Arquitectura, a acrescentar ao grande prémio e ao prémio das arquitecturas emergentes.
A partir desta lista inicial, um júri presidido pelo arquitecto italiano Cino Zucchi vai escolher no final do mês de Janeiro os nomeados para o prémio final, que será anunciado em Maio.
Na lista global de 420 candidaturas anunciadas pela Fundação Mies van der Rohe, são as seguintes as obras construídas, nos últimos dois anos (o prémio é bienal), em território português: Torre de Palma Wine Hotel, em Monforte, Portalegre, de João Mendes Ribeiro; o mesmo arquitecto é co-autor com o atelier Menos é Mais Arquitectos Associados (Cristina Guedes, Francisco Vieira de Campos) do Centro de Artes Contemporâneas de Ribeira Grande, Açores, também citado; Casa no Tempo, residência em Montemor-o-Novo, do atelier Aires Mateus & Associados; Hotel Quinta do Lobo Branco, em Penafiel, do atelier And-Ré (Bruno André e Francisco Salgado Ré); ampliação do Museu Marítimo de Ílhavo, do ARX Arquitectos (Nuno Mateus e José Mateus); Casa da Bouça das Cardosas, em Paredes de Coura, do Atelier da Bouça (Filipa Guerreiro e Tiago Correia); Adega Alves de Sousa, na Cumeeira, Santa Marta de Penaguião, de António Belém Lima; percurso pedonal da Baixa Pombalina ao Castelo de S. Jorge, em Lisboa, de Falcão de Campos; reabilitação e ampliação do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, de Gonçalo Byrne; remodelação geral da sede do Banco de Portugal, em Lisboa, também de Gonçalo Byrne e Falcão de Campos; Data Center da Portugal Telecom na Covilhã, de João Luís Carrilho da Graça; edifícios centrais do Parque Tecnológico de Óbidos, de Jorge Mealha; Museu da Oliveira e do Azeite, em Mirandela, de Manuel da Graça Dias e Egas José Vieira; Centro Cultural de Castelo Branco, de Josep Lluis Mateo; Casa Pátio, em Grândola, do atelier Promontório (João Luís Ferreira, João Perloiro, Paulo Perloiro, Paulo Martins Barata e Pedro Appleton); modernização da Escola Lima de Freitas, em Setúbal, de Ricardo Carvalho e Joana Vilhena; pavilhão multiusos de Viana do Castelo, de Eduardo Souto de Moura; Casa E/c, em São Roque do Pico, Açores, do atelier SAMI; e Centro de Remo de Alta Competição em Vila Nova de Foz Côa, de Álvaro Fernandes Andrade.
Lançado em 1987 numa parceria da Fundação Mies van der Rohe com a Comissão Europeia – que suportam, em conjunto, o prémio de 60 mil euros + 20 mil euros para o das arquitecturas emergentes –, este prémio teve como primeiro vencedor Álvaro Siza, em 1988, com o projecto do Banco Borges & Irmão, em Vila do Conde. A lista dos posteriores premiados conta com figuras como o holandês Rem Koolhaas, com a Embaixada da Holanda em Berlim, o inglês Norman Foster, com o Aeroporto de Stansted, na zona metropolitana de Londres, o francês Dominique Perrault, com a Biblioteca Nacional de França, em Paris, ou o espanhol Rafael Moneo, com o Auditório Kursaal, em San Sebastian.