O musicólogo Paolo Pinamonti esteve no Teatro São Carlos de Lisboa como director artístico entre 2001 e 2007, tendo esse período sido considerado um dos mais interessantes na vida recente da casa de ópera lisboeta.

Pinamonti foi nomeado consultor artístico do São Carlos de Lisboa em Janeiro de 2014, mas uma aparente incompatibilidade com o contrato feito com a Zarzuela terá levado o musicólogo a pedir uma revisão do vínculo com Lisboa. A administração do Opart, o organismo que gere o Teatro São Carlos, terá tentado arranjar uma solução, que nunca chegou a ser anunciada, e ignora-se também quem desenhará a próxima temporada do único teatro de ópera nacional.

Embora o currículo de Pinamonti não tenha sido posto em causa, críticos de música e melómanos consideram que o São Carlos deve ter um director artístico permanente e não apenas um consultor. Joana Carneiro, a maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa, residente no São Carlos, que se juntou ao teatro na mesma altura em que Pinamonti começou a assessoria, comentava recentemente ao PÚBLICO a necessidade de encontrar um director artístico para o São Carlos: “É fundamental nomeá-lo. Haver este vazio é uma situação que me preocupa muito e é urgente, mesmo muito urgente, resolvê-la – um director artístico é responsável pela identidade de um teatro.”