Miffy e os mestres

Popular personagem do holandês Dick Bruna vai passar pelo Rijksmuseum, em Amesterdão. Se esta exposição fosse um livro infantil, o seu título seria provavelmente “Miffy na casa de Rembrandt”.

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Miffy foi criada no Verão de 1955 DR

A partir de 27 de Agosto, quem visitar o Rijksmuseum, em Amesterdão, poderá cruzar-se com Miffy e outros protagonistas do universo deste designer gráfico holandês, isto antes ou depois de passar pelas salas onde se expõem algumas das melhores obras de grandes pintores como Rembrandt (é a casa dele), Vermeer e Frans Hals. Será uma estreia para Miffy num museu nacional que mistura história e arte.

Dick Bruna.Artist (na Ala Philips, até 15 de Novembro) junta 120 livros, posters, desenhos e colagens da longa carreira deste autor a obras de alguns dos artistas que mais o influenciaram, como Fernand Léger, William Sandberg, Henri Matisse, Bart van der Leck, H. N. Werkman. A ideia, explica o museu no seu site, é entrar no mundo de Bruna (n.1927), em que se destacam também capas para romances policiais protagonizados pelo Comissário Maigret, do belga Georges Simenon, e dar uma espreitadela ao processo criativo de que resultam propostas aparentemente simples e de cores primárias, que são imediatamente identificáveis.

Miffy começou por ser uma saga doméstica, algo que Dick Bruna fazia durante as férias, numa casa que alugava com a mulher em Egmond aan Zee, uma vila no norte da Holanda. Começou a desenhá-lo – a personagem era inicialmente masculina, mas o designer acabou por decidir que vesti-lo de calças ou calções não lhe agradava – no Verão de 1955 para entreter o filho mais velho quando chegava a hora de ir para a cama. Miffy era a sua maneira dar vida em papel ao coelho verdadeiro que viam todos os dias no jardim. Desse Verão até hoje, Miffy apareceu já em 200 livros, ajudando certamente milhões de miúdos a adormecer.

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