Marques’Almeida são os portugueses seleccionados para prémio Louis Vuitton

Designers de moda que trabalham em Londres estão entre os 26 semi-finalistas da segunda edição do LVMH Prize, promovido pelo gigante do luxo.

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Os nomes dos 26 finalistas, entre os quais apenas Marta Marques e Paulo Almeida são portugueses, foram avançados na manhã desta sexta-feira. Das mil candidaturas recebidas este ano (em 2014 foram 1200), foram seleccionados 26 designers ou marcas de vários pontos do mundo, estando representados dez países nomes das quatro grandes passerelles do planeta – Paris, Milão, Nova Iorque e Londres. É nesta última cidade que vivem e trabalham os Marques’Almeida, em plena fase de ultimação do desfile de terça-feira, dia 24, na plataforma NewGen da London Fashion Week. Londres, aliás, é a capital de moda mais representada, com nove nomes na lista final do prémio e com muitos deles oriundos da incontornável escola Central Saint Martins (que formou John Galliano, Alexander McQueen, Stella McCartney ou Phoebe Philo).

A colecção para o Inverno 2015/16 dos Marques’ Almeida é uma das mais aguardadas – “o ponto alto do dia final” da semana de moda, atestava já na manhã desta sexta-feira o jornal britânico Guardian, antes de ser conhecida a longlist do LVMH Prize. É que a jovem dupla apaixonada pela década de 1990 e com uma estética marcada pelo início dos anos 2000, tendo-se distinguido pelo seu trabalho em ganga, está em franca ascensão. Especialmente no último ano, em que Marta Marques e Paulo Almeida desenharam uma colecção popular para a loja de moda rápida Topshop e, menos de cinco anos depois de terem fundado a sua marca em Londres, receberam o prémio de Emerging Womenswear Designer nos British Fashion Awards do British Fashion Council, uma organização profissional que visa promover o design de moda britânico e cujo trabalho como mentores de novas marcas visou, entre outros, os Marques Almeida.

O papel dos mentores e do acompanhamento dos jovens designers na sua transformação em marcas sustentáveis é algo muito caro aos criadores portugueses. Em Outubro, Paulo Almeida explicava ao PÚBLICO que se trata de um elemento em falta na moda portuguesa. “É preciso todo um trabalho de mentoring que trabalhe com os criadores — Londres é especialista em vender ideias e criatividade — e também a parte financeira, de vendas, garantindo que há um plano de negócios, aconselhando os espaços de venda certos para a marca crescer e se tornar relevante.”

Com as suas primeiras vendas a serem feitas para algumas das mais importantes lojas especializadas do sector, como a nova-iorquina Opening Ceremony ou a Joyce, os dois portugueses têm hoje peças em lojas em mais de 50 países, além da sua própria loja online. Estiveram já presentes na ModaLisboa e agora viajam para Paris, onde se apresentarão ao júri nos dias 4 e 5 de Março, em plena semana de moda, que seleccionará os dez finalistas. E que inclui nomes sonantes como a crítica de moda Cathy Horyn, responsáveis de grandes armazéns como o Bergdorf Goodman ou o Saks ou de sites de vendas como o Net-a-Porter, a editora da Vogue China Angelica Cheung, o director da Dazed Jefferson Hack, a maquilhadora Pat McGrath e o fotógrafo Juergen Teller.

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