Desabou mais um muro romano em Pompeia

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Todos os dias a cidade é visitada por centenas de turistas Reuters

O muro fazia parte da muralha que circunda o complexo arqueológico com mais de dois mil anos na cidade soterrada e redescoberta no século XVIII. Não há vítimas a registar, nem prejuízos maiores, mas o incidente lança o alerta para o estado de conservação dos monumentos arqueológicos italianos.

O assunto não é novo em Itália e o Governo tem sido alvo de duras críticas depois de, no final do ano passado, ter desabado a Schola Armaturarum Juventus Pompeiani, mais conhecida como a Casa dos Gladiadores, o muro que cercava a Casa do Moralista e mais dois ao longo da Via Stabiana, uma das principais ruas de Pompeia.

O local do desabamento do muro, de três metros de largura por metro e meio de altura, está agora fechado ao público por questões de segurança e para avaliação e reparação dos estragos.

Em comunicado, citado pela AFP, o ministro da Cultura, Giancarlo Galan, mostrou-se preocupado com o estado de degradação da cidade arqueológica, que tem vindo a registar um aumento de incidentes nos últimos tempos. “Já várias vezes me mostrei preocupado publicamente com os efeitos que as chuvas violentas podem ter em Pompeia”, disse Giancarlo Galan, explicando que está a trabalhar num plano de protecção para o complexo arqueológico, Património Mundial da Unesco.

Na mesma nota, o ministro da Cultura pede urgência na aplicação de medidas de segurança no espaço, colocando Pompeia como uma das suas prioridades. Neste sentido, Galan anunciou que visitará o complexo arqueológico na quarta-feira, acompanhado pelo comissário europeu Johannes Hahn, que desbloqueará 105 milhões de euros dos fundos europeus para o Pompeia.

Pompeia, perto de Nápoles, no Sul de Itália, é a maior e mais bem preservada antiga cidade romana, atraindo anualmente um grande número de visitantes.

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