Tem mais de cinco mil metros quadrados, sete quartos, seis casas de banho, uma sala de música, várias lareiras e um estilo mediterrâneo, anuncia a agência imobiliária que pede 3,9 milhões de dólares (3,5 milhões de euros) pela mansão onde o escritor viveu com a sua mulher. Nela vivia uma família que agora se vai mudar porque os filhos cresceram e seguiram com as suas vidas.

Fitzgerald viveu nesta casa, construída em 1918, com a escritora, pintora e bailarina Zelda, com quem teve um casamento turbulento. Dois anos foi o tempo da sua estadia na vila de Great Neck. Tempo suficiente para ter inspirado uma das suas obras mais marcantes, O Grande Gatsby. Segundo o vice-presidente da F. Scott Fitzgerald Society, foi nesta mansão que o autor começou a escrever esta obra.

Em casa, o casal Fitzgerald gostava de receber pessoas. Passavam o tempo a conviver com os vizinhos. Davam festas na mansão que atraíam a alta sociedade de toda a região. Uma profusão de luxo, álcool e dinheiro, tal como O Grande Gatsby, cuja história se passa exactamente nos anos 1920 em Long Island.

Pelo menos três capítulos do romance terão sido escritos aqui, depois o casal mudou-se para França, onde Fitzgerald acabou a obra, editada pela primeira vez em 1925 e que, décadas depois, se transformou num dos mais importantes romances da literatura universal. O romance foi várias vezes adaptado ao cinema, a última das quais em 2013 por Baz Luhrmann e com Leonardo DiCaprio como protagonista. 

Fitzgerald escreveu apenas cinco romances e morreu em 1940, com 44 anos. Zelda sofria de esquizofrenia e foi internada num sanatório em 1930. Morreu em 1948.