O romance de Bruno Vieira Amaral foi este ano também distinguido com o prémio PEN (poesia, ensaio e narrativa) Clube de Narrativa, na categoria de narrativa.
O júri considerou que "a obra de Bruno Vieira Amaral singulariza-se pela estrutura romanesca, pela linguagem escorreita, pela efabulação e por um forte sentido real".
Entre os finalistas deste ano, Afonso Cruz foi seleccionado pelo romance Para onde vão os guarda-chuvas, Ana Margarida de Carvalho por Que importa a fúria do mar, Ana Cristina Silva por A segunda morte de Anna Karénina, Luís Cardoso por O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação e Nuno Júdice pelo romance A Implosão.
O júri do Prémio Literário Fernando Namora é presidido por Guilherme d'Oliveira Martins, que também representa o Centro Nacional de Cultura, e constituído por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo, Liberto Cruz e João Lobo Antunes, convidados a título individual, e ainda Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.
O Prémio Literário Fernando Namora foi instituído pela Sociedade Estoril Sol em 1987 e atribuído pela primeira vez apenas em 1989. Inicialmente com uma periodicidade bienal e, depois, trienal, passou a anual a partir da sétima edição, em 2003, quando venceu Armando Silva Carvalho com O Homem que sabia a mar.
O romance Gente Feliz com Lágrimas, de João de Melo, foi o primeiro vencedor do galardão que já foi arrecadado, entre outros, por Mário Cláudio, Urbano Tavares Rodrigues, Mário de Carvalho (por duas vezes), Maria Isabel Barreno, Luísa Costa Gomes, António Lobo Antunes, Miguel Real, Manuel Alegre, Teolinda Gersão e Gonçalo M. Tavares.