O sexto filme português em Berlim: Gado Bravo
Há um sexto filme português no Festival de Berlim, “escondido” no meio da programação: chama-se Gado Bravo e data de 1934.
“O Toque de Weimar” é o genérico desta mostra, dedicada à influência que o cinema alemão dos anos 1930 e, sobretudo, os técnicos e cineastas que abandonaram a Alemanha devido à ascensão de Hitler tiveram nas cinematografias globais a partir de 1933.
Daí que, ao lado de obras maiores de cineastas reconhecidos como Fritz Lang, Ernst Lubitsch ou Billy Wilder, estejam títulos menos conhecidos de Max Ophüls e Joseph Losey, ou obras provenientes de cinematografias mais pequenas mas onde existiu participação de emigrados alemães.
É o caso de Gado Bravo, que foi supervisionado pelo cineasta alemão Max Nosseck e produzido com recurso a actores e técnicos alemães de passagem por Portugal, como o director de fotografia Heinrich Gärtner ou o actor Siegfried Arno. <_o3a_p>
Assinalável êxito de bilheteira à data da sua estreia, Gado Bravo é geralmente esquecido quando se fala do cinema português dos anos 1930 e 1940, mas nestas coisas da história do cinema até os filmes esquecidos podem encerrar pistas valiosas.<_o3a_p>
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