Diogo Morgado nunca imaginou que A Bíblia se pudesse tornar num fenómeno
Actor português disse ao PÚBLICO estar surpreendido com o sucesso da série nos Estados Unidos.
O sucesso que A Bíblia tem alcançado não apenas nos Estados Unidos, mas também em Espanha, onde também foi líder de audiências, tem surpreendido. Logo na estreia nos Estados Unidos a série foi vista por 13,1 milhões de pessoas, um recorde na televisão por cabo para 2013, e a um episódio de terminar (o final vai para o ar no domingo), soma já um total de 70 milhões de espectadores.
“A reacção do público tem sido absolutamente extraordinária, os números falam por si”, diz ao PÚBLICO, por e-mail, o actor de 33 anos, mostrando-se surpreso, admitindo que nunca imaginou que A Bíblia se pudesse tornar neste fenómeno. “Nunca pensei nisso. Durante a rodagem era um dia de cada vez, dando tudo o que tinha sem nunca pensar em sucessos ou no futuro, de maneira que agora tem sido um surpresa incrível para mim”, acrescenta o actor.
Para Diogo Morgado, parte deste sucesso pode ser explicado pelo cuidado que existiu em toda a produção da série. O actor explica que os produtores, o casal Mark Burnett e Roma Downey, se preocuparam em dar um “toque humano e mais real” à história. Mais do que a brutalidade das imagens, por exemplo quando Jesus carrega a cruz e é violentamente chicoteado, o que passa para os telespectadores são imagens de Maria, sua mãe, em sofrimento por não poder ajudar o filho. “Isto apela à preferência do público”, diz o actor.
Mas nem só de números e elogios, se tem feito o percurso da série de dez horas, dividida em dez episódios. Como em tudo o que diz respeito à religião, têm sido várias as críticas apontadas à série. Há quem escreva que o retrato feito da vida de Jesus não é fidedigno, outros falam no excesso de efeitos visuais e há ainda quem critique a selecção dos episódios da Bíblia na série, que acabou por deixar passagens importantes do livro para trás.
Diogo Morgado relativiza: “Seria impensável fazer uma série sobre a Bíblia e não esperar críticas, é impossível agradar a todos”.“Só o simples facto de em dez horas de televisão ser fisicamente impossível retratar toda a Bíblia, havendo à partida uma selecção daquilo que serão as histórias mais relevantes, já por si é alvo de severas críticas”, diz o actor, destacando, no entanto, que tem tido “a felicidade de por enquanto ter apenas boas críticas” em relação ao seu trabalho. “O que me deixa obviamente contente, mais ainda porque neste caso não é só o meu trabalho que está em causa, mas também o orgulho de Portugal”, conclui.
Em Portugal, A Bíblia estreia já neste fim-de-semana na SIC, estando os dez episódios divididos entre as tardes de sábado e domingo.