Morreu o guitarrista de blues Magic Slim
Guitarrista icónico do blues de Chicago desde os anos 1960.
Segundo a agência Reuters, citando o seu manager, tinha vários problemas de saúde acumulados – doenças pulmonares, no coração e rins – e o seu estado ter-se-á agravado com uma digressão iniciada há semanas com o seu grupo, Magic Slim and the Teardrops, que eram muitas vezes descritos como a “última verdadeira banda blues de Chicago.”
Contemporâneo de nomes como Muddy Waters ou Howlin’ Wolf, praticava um tipo de blues cru e directo, assente na sonoridade da sua guitarra e na voz possante. As suas primeiras gravações datam da década de 1960, altura em que começou a desenvolver a sua técnica de tocar, tendo lançado ao longo dos anos mais de trinta álbuns. Era um representante da vertente mais enérgica do blues, na proximidade com o rock. “Se quer tocar blues, toque. Se não o sente, deixe-o, porque não se pode tocar o que não se sente”, dizia com frequência.
Nasceu em 1937 e cresceu nos campos de algodão no delta do rio Mississippi e a sua primeira paixão foi o piano, que acabaria por abandonar depois de ter perdido o dedo mindinho da mão direita num acidente de trabalho com uma máquina de colheita. A partir daí elegeu a guitarra como instrumento de predilecção. Aos 11 anos mudou-se para Granada onde viria a conhecer Magic Sam, um importante guitarrista de blues, que o ensinou a tocar.
O seu último álbum, um disco de versões intitulado Bad Boy, foi lançado o ano passado. Segundo a publicação americana Billboard um dos seus grandes admiradores era Eddie Vedder do grupo rock Pearl Jam. Aliás a convite daquele, chegou a abrir um concerto dos Pearl Jam, em Chicago, em 1994.