Quando em Abril Iain Banks, considerado em 2008 pelo jornal The Times como um dos 50 melhores escritores britânicos desde 1945, falou da sua doença, fez saber que todos os seus compromissos públicos seriam cancelados, para que pudesse não só aproveitar o tempo para estar com a família como para acabar o livro que estava a escrever.
“Parece que The Quarry será o meu último livro”, escreveu então em comunicado o escocês, que se estreou na literatura em 1984 com The Wasp Factor, livro que mais tarde, em 1997, foi incluído no top, feito pela livraria Waterstones e o Channel 4, das 100 melhores obras do século XX.
A notícia da morte do escritor foi anunciada este domingo pela sua editora, a Little, Brown, que numa nota enviada à BBC, escreveu que Banks, “um dos escritores mais amados do país” era “uma parte insubstituível do mundo literário”.
“A capacidade de Iain Banks combinar a mais fértil das imaginações com a sua própria marca altamente distintiva do humor gótico tornou-o único”, continua a nota, explicando que o escritor ainda conseguiu ver as cópias finais da sua última obra, que chega às livrarias britânicas no dia 20 deste mês. The Quarry fala exactamente sobre a angústia de se viver com um cancro terminal, descrevendo as últimas semanas de vida de um homem na casa dos 40.
Iain Banks venceu duas vezes o prémio British Science Fiction Association com Feersum Endjin (1994) e Excession (1996).
O escritor, que também assinava como Iain M Banks, tem em Portugal apenas uma obra editada. Pensa em Phlebas foi editado em 1991 pela Clássica Editora.