Léa Seydoux nomeada na categoria Estrela em ascensão para os Bafta

Os outros nomeados são a queniana Lupita Nyong’o, o americano Dane DeHaan e os britânicos George MacKay e Will Poulter.

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Léa Seydoux em Maio no Festival de Cannes AFP

A actriz de 28 anos, descendente de uma das principais famílias do cinema francês, foi nomeada segunda-feira ao lado da queniana de 30 anos, Lupita Nyong’o, favorita ao Óscar de melhor actriz secundária, e também nomeada na 71ª edição dos Globos de Ouro na categoria de melhor actriz secundária, pela interpretação no drama histórico Doze Anos Escravo.

Os três restantes nomeados são a actriz americana Dane DeHaan, de 27 anos, com a participação em Dos Homens Sem Lei de John Hillcoat e Como um Trovão de Derek Cianfrance, o actor britânico George MacKay, de 21 anos, com Só Eles e a comédia musical Sunshine on Leith, e Will Poulter, de 20 anos, com Trip de Família de Rawson Marshall Thurber.

O vencedor do prémio, elegido após o voto do público, será anunciado a 16 de Fevereiro na cerimónia dos Bafta. Os nomeados para os Bafta nas restantes categorias (entre as quais melhor filme, melhor realizador, actor, actriz) serão anunciados nesta quarta-feira.

A selecção dos cinco nomeados foi realizada por um júri constituído pela actriz Gemma Arteton e por produtores e críticos de cinema.

A actriz britânica Juno Temple conquistou o título em 2013. Tahar Rahim foi o último actor francês a ser nomeado, em 2010.

Palma de Ouro no Festival de Cannes, A Vida de Adèle conta o reencontro e o despertar do desejo entre duas adolescentes, Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux.

A Vida de Adèle, nomeado para os Globos de Ouro na categoria de melhor filme estrangeiro, venceu também o prémio Louis-Delluc 2013, que premeia a melhor produção francesa do ano.

O filme fez correr muita tinta depois das críticas feitas pelas duas actrizes principais. Adèle Exarchopoulos disse que Kechiche era “um génio, mas torturado” e acrescentou que o sofrimento presente em A Vida de Adèle não foi fictício. Já Léa Seydoux chegou mesmo a afirmar que, caso o filme fosse rodado nos Estados Unidos, todos estariam presos e contou um episódio onde Adèle acidentalmente se cortou, sagrando, e mesmo assim Kechiche quis continuar a filmar.

Apesar de admitir ter exigido muito esforço às actrizes, Abdellatif Kéchiche revelou sentir-se magoado com os comentários e considera que os mesmos fizeram com que o filme não estreasse de modo saudável, fruto de tanta controvérsia. O realizador afirma ainda que Léa Seydoux não tem noção das consequências das suas declarações, considerando-as uma falta de respeito pela sua própria profissão.
 

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