O fotógrafo, que trabalha no Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa, foi escolhido entre José Maçãs de Carvalho, Paulo Catrica e António Júlio Duarte.

A decisão do júri - composto por Isabel Carlos, curadora independente; João Mário Grilo, critico de cinema e professor universitário; Bernardo Pinto de Almeida, historiador de arte e ensaísta; Paul Wombell, curador de fotografia britânico; e Ute Eskildsen, curadora do Museu de Fotografia Folkwang Essen - foi justificada pela "apropriação poderosa de documento histórico e que reenvia para imagens da realidade contemporânea, nomeadamente a violência silenciosa".

"A sua fotografia evidencia e reinventa as possibilidades da matéria fotográfica enquanto arquivo, documento e memória com uma metodologia rigorosa", refere a acta resultante da reunião dos jurados.

O trabalho de José Luís Neto integrará um catálogo feito em conjunto para os finalistas do galardão. No CCB estão expostas obras tiradas com uma microcâmara e trabalhos com base em fotografias a preto e branco de presos políticos nas cadeias portuguesas, no início do século passado.

O júri distinguiu os projectos de José Maçãs de Carvalho "Democracia e Imagem: As Imagens são as palavras dos analfabetos"; de Paulo Catrica "Da Série Paisagem: Rio Murtiga, Alentejo"; e de António Júlio Duarte "Do Projecto Portugal".

O Prémio BESphoto resulta de uma parceria entre o Banco Espírito Santo e o Centro Cultural de Belém, onde os trabalhos finalistas estão expostos desde Janeiro até 5 de Março de 2006.