Joana Vasconcelos no top das exposições mais visitadas em França
Exposição da artista portuguesa no palácio-museu a sul de Paris, entre Junho e Setembro de 2012, recebeu número recorde de visitantes.
É um resultado de indiscutível relevo, mas que não deve ser comparado directamente com os 1,2 milhões que visitaram a exposição dedicada ao faraó Tutankamon, no Petit Palais, em 1967, ou as que se seguem no ranking elaborado pelo jornal e que são citadas pela agência Lusa: 1,15 milhões na da Colecção Barnes, no Museu Orsay (1993); 913 mil na de Claude Monet, no Grand Palais (2011); 840 mil na de Salvador Dali, no Centro Pompidou (1979). Exposições que mobilizaram visitas exclusivamente dirigidas aos nomes e às obras em causa, independentemente dos lugares que as mostravam.
A presença das obras de Joana Vasconcelos, primeira mulher e a mais jovem artista convidada a expor arte contemporânea em Versalhes – a mostra decorreu entre 18 de Junho e 30 de Setembro –, pode, no entanto, ser já comparada com os 906 mil visitantes do palácio-museu a sul de Paris aquando da exposição do escultor norte-americano Jeff Koons (2008), ou os 922 mil do japonês Takashi Murakami (2012), seus antecessores nas galerias, câmaras e jardins de Versalhes.
Num artigo publicado esta semana na sua edição online sobre A Loucura das Exposições (La folie des expos), o Figaro compara, de facto, os números registados pela artista portuguesa em Versalhes com as mostras históricas já referidas. E realça que, no espaço de seis anos, as exposições realizadas em Paris mais do que duplicaram. E que o público tem procurado sobretudo mostras monográficas de grandes nomes da arte, como Matisse, Dali ou Edward Hopper – tendo a pintura deste último obrigado mesmo ao prolongamento, por mais uma semana e até este domingo, 3 de Fevereiro, do seu calendário no Grand Palais, onde já registou mais de 700 mil visitantes.
A exposição de Joana Vasconcelos em Versalhes, recorde-se, reuniu 15 obras distribuídas pelos vários espaços interiores e exteriores do palácio, onde a artista portuguesa nascida em Paris, em 1971, instalou peças como as já famosas Marilyn e Coração Independente, Peruca e Mary Poppins.
Joana Vasconcelos vai ser a representante oficial portuguesa na Bienal Internacional de Arte de Veneza 2013, num projecto comissariado por Miguel Amado.